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terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Direitos do consumidor: tire suas dúvidas sobre tarifas bancárias


Série 'Dúvidas de Consumidor' traz principais questões sobre o tema.
Para Procon e ProTeste, falta de atenção prejudica clientes.


Tarifas cobradas indevidamente e dúvidas sobre preços de serviços estão entre as principais fontes de conflito entre bancos e clientes, segundo o Procon-SP. Em agosto, os relatos de consumidores insatisfeitos em relação a instituições financeiras somaram 2.168, o que representa 8,17% do total das reclamações recebidas pelo órgão.

Se você pensa que nunca teve problema na relação com seu banco, fique atento: infrações ou comportamento irregular por parte dos bancos muitas vezes não são notados pelo consumidor por falta de atenção ou por desconhecimento sobre os direitos do cliente bancário.

A segunda semana da série “Dúvidas de Consumidor” traz recomendações de especialistas sobre as queixas mais freqüentes sobre tarifas bancárias recebidas pelo Procon-SP e pelo ProTeste.

Você tem dúvidas e reclamações? Use a seção de comentários no fim desta reportagem para contar o seu caso. Na sexta-feira (4), selecionaremos perguntas enviadas pelos leitores do G1 para serem respondidas por um especialista.

1) O banco pode cobrar alguma taxa do consumidor pela emissão de boletos bancários?
Não. Mas às vezes acontece, segundo a técnica do Procon-SP, Renata Reis: "Alguns bancos cobram a emissão de boletos em caso de financiamentos de imóveis, carros, e até em fatura de cartão de crédito."

Desde 30 de abril de 2008, diz Renata, uma regulamentação do Banco Central determina que a emissão do boleto não pode, em nenhuma hipótese, ser cobrada pelas instituições bancárias.

No entendimento do Procon, no entanto, tal cobrança nunca foi permitida. "O Procon considera abusiva essa cobrança. Quando a empresa determina o valor da taxa de juros, ela inclui o lucro do banco e o custo que ele terá", diz Renata.

"Mesmo que o BC tenha dito somente em abril de 2008 que não podia cobrar, nós entendemos que nunca pôde. O consumidor que tiver sido cobrado de alguma taxa pode requerer a devolução referente ao valor pago nos últimos três anos", diz a técnica.

O importante é prestar atenção nas "letrinhas miúdas" no contrato: alguns trazem a informação sobre a taxa de emissão de boleto. Em caso de dúvidas, procure a instituição bancária.

2) O consumidor tem direito a serviços gratuitos? 

A legislação vigente desde o ano passado garante ao consumidor o direito de usar uma conta de "serviços essenciais", sem ter que pagar nenhuma taxa por isso. (veja reportagem do Jornal Hoje sobre o tema)

"Os bancos, em geral, não divulgam ao consumidor que ele tem esse direito", diz a economista do Pro Teste, Hessia Cotilla.

Veja os serviços considerados essenciais que não podem ser cobrados pelos bancos:

 -  fornecimento de cartão com função débito;
 -  fornecimento de dez folhas de cheques por mês, desde que o cliente reúna os requisitos para utilização de cheque;
 -  fornecimento de segunda via do cartão de débito, exceto nos casos decorrentes de perda, roubo e danificação; 
 - realização de até quatro saques, por mês, em guichê de caixa, inclusive por meio de cheque ou de cheque avulso, ou em terminal de auto-atendimento;
 -  fornecimento de até dois extratos contendo a movimentação do mês por meio de terminal de auto-atendimento;
 - consultas ilimitadas à conta pela internet;
 - realização de duas transferências de recursos entre contas na própria instituição, por mês, em guichê de caixa, em terminal de auto-atendimento e/ou pela internet;
 - compensação de cheques;
 - fornecimento, até 28 de fevereiro de cada ano, de extrato consolidado, discriminando, mês a mês, as tarifas cobradas no ano.


3) Quando o consumidor é obrigado a pagar tarifa de cadastro?
De acordo com as normas do BC para tarifas bancárias, os bancos podem cobrar a tarifa de renovação de cadastro até duas vezes por ano, desde que haja o início de um relacionamento com o cliente que justifique tal tarifa, como a abertura de uma conta corrente, poupança ou financiamento. 

Para Renata Reis, do Procon-SP, no entanto, a cobrança não se justifica, e o consumidor que tiver pago tal tarifa pode requerer a devolução do dinheiro ao banco.

"O BC justifica essa tarifa como referente a pesquisa de dados do cliente pelo banco e manutenção do cadastro. Mas essas são obrigações do banco benéficas para o negócio das próprias instituições, não podem ser transformadas em serviço específico ao consumidor", diz Renata.

"O Procon orienta que o consumidor que foi cobrado da tarifa de cadastro, mesmo na abertura da conta, pode fazer uma reclamação para conseguir o estorno dessa cobrança referente aos três últimos anos", afirma.  

4) O banco pode cobrar tarifas 'surpresa' do cliente?
Existem tarifas cobradas pelos bancos que você só descobrirá em situações desfavoráveis para o seu bolso: quando ficar inadimplente e notar cobranças altas, referentes ao uso excessivo do cheque especial, por exemplo.

Segundo o Procon, se isso acontecer, reclame: nenhuma taxa pode ser cobrada sem que você tenha sido informado em contrato. E se você não tiver cópia do contrato? Mais um motivo para reclamação, segundo Renata Reis.

"Infelizmente (o consumidor) só percebe isso quando entra na situação de inadimplência. (...) Essa falta de informação leva o consumidor ao prejuízo", diz. Segundo Renata, o consumidor que pagar essas tarifas indevidas tem direito a solicitar a devolução desses valores em dobro.

"O que acontece muito é que desde a assinatura desse contrato o consumidor não recebe o detalhamento do pacote de serviços e muitos bancos têm alterado esses pacotes durante a relação com o consumidor. É como se você alterasse as regras do jogo no meio jogo", diz.

Para ela, é importante exercer o direito de ter uma cópia do contrato da cesta de serviços que você contatou. "Essa informação deve ser entregue imediatamente, no ato da assinatura do contrato", diz.

5) Como saber se estou sendo cobrado indevidamente?
Para a economista da ProTeste, Hessia Cotilla, a chave para não perder dinheiro em tarifas indevidas é cuidar da sua conta: acompanhar extratos, saber a quantidade de serviços que você utiliza (como cheques e saques, por exemplo) e questionar sempre que houver dúvidas.

"O principal problema diz respeito ao próprio controle que o consumidor faz da sua conta-corrente. Muitas vezes ele acaba pagando tarifas que ele não precisa pagar; cada consumidor tem que ter uma atenção maior com a sua própria conta", afirma.

6) Quem fiscaliza a atuação dos bancos? Como reclamar?
Segundo a economista da ProTeste, o Banco Central é o responsável pela regulação dos bancos. "Ele tem o poder de fiscalizar esse mercado", afirma.
  
O texto que traz regras especificamente para tarifas bancárias é a Resolução 3518/2007, do BC, que entrou em vigor em 30 de abril de 2008.

Se houver dúvidas ou queixas, o consumidor deve primeiro procurar o banco, segundo Renata Reis, do Procon. "Em primeiro lugar procurar o banco, verificar e questionar, solicitar a cópia do contrato. O melhor é que o cliente escreva uma carta registrada ao banco (isso mesmo, pelos Correios), com aviso de recebimento.

Em caso de reclamação por e-mail, também é importante utilizar o aviso de recebimento; por fax, guardar uma cópia; por telefone, anotar o número do protocolo de atendimento, que deve ser informado no início do telefonema.

"Caso não haja resposta satisfatória (em caso de reclamação pelo telefone, o prazo de solução é de cinco dias), a saída é procurar órgãos de defesa do consumidor do seu estado ou o caminho judicial", diz.

No Juizado Especial Cível (antigo pequenas causas), ações de até 20 salários mínimos podem ser iniciadas pelo próprio consumidor, sem necessidade de advogados. Nesse caso, é preciso levar o máximo de documentação sobre o caso possível.

saiba até onde os bancos podem cobrar nas tarifas bancárias


Quem fica de olho, quem negocia com o gerente pode economizar muito: até R$ 400

Você sabe quanto paga pelas tarifas bancárias? Sabe quanto vale um saque no caixa eletrônico? Às vezes, a chegada do extrato do banco é uma surpresa desagradável.


Há uma série de tarifas que são autorizadas pelo Banco Central. Mas algumas, os bancos cobram contando com a distração do correntista. Quem fica de olho, quem negocia com o gerente pode economizar muito: até R$ 400 por ano.

O vendedor Felipe Godoy e a promotora de vendas Sílvia Duarte são amigos e já enfrentaram um problema semelhante: as altas tarifas cobradas pelos bancos.

“São tantas tarifas que eu acabei cancelando a conta, não quis mais. Cancelei cartão, cancelei o cheque. Fechei minha conta e fiquei só com o outro banco”, conta Silvia.

“Eu não mexo muito na minha conta. Então, fica difícil. Eu pagava coisa de R$ 28 a R$ 30 por mês, sendo que eu nem utilizo minha conta”, diz Felipe.

É preciso ficar atento, porque nem todos os serviços cobrados pelos bancos são sempre utilizados pelos clientes. Por lei, eles são obrigados a oferecer um pacote gratuito de opções.

O pacote grátis é chamado de essencial e inclui por mês: talão com dez folhas de cheques; quatro saques no caixa, dois extratos e duas transferências no próprio banco.

O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) fez uma pesquisa com os principais bancos do país. Abriu várias contas e avaliou quanto o consumidor economizaria se trocasse os pacotes de serviços pelos gratuitos.

Caixa Econômica Federal
Economia de R$ 12,50

Itaú
Economia de R$ 12,50

Banrisul
Economia de R$ 13,50

Banco do Brasil
Economia de R$ 16

Santander
Economia de R$ 19

Bradesco
Economia de R$ 21

Nossa Caixa
Economia de R$ 22

Unibanco
Economia de R$ 27,50

HSBC
Economia de R$ 37

Em um ano, o custo do pacote mais caro sairia por R$ 444.

“A melhor hipótese é ter uma conta só com serviços essenciais e, portanto, gratuitos e excepcionalmente usar um serviço que está excluído desse pacote essencial e pagar, aí sim, por esse serviço prestado esporadicamente”, aponta Marcos Diegues, assessor jurídico do IDEC.

Na maioria das vezes os clientes se confundem. Algumas dúvidas são frequentes:

Sheila de Freitas Amaral, auxiliar de produção - É correto cobrar a renovação de cadastro?
Marcos Diegues, assessor jurídico do IDEC - Recentemente, o Banco Central proibiu essa cobrança depois inclusive de alguns estudos e reclamações de consumidores. Essa cobrança passou a ser ilegal. E, portanto, se algum consumidor se ver nessa situação hoje, deve solicitar a evolução do valor que lhe foi cobrado

Anderson Ferreira, auxiliar de escritório - O banco pode cobrar por emissão de talão de cheque?
Marcos Diegues, assessor jurídico do IDEC - Até 10 folhas de cheques por mês o banco não pode cobrar qualquer tarifa, porque esse fornecimento foi considerado um serviço essencial.

Leonardo Rossi, estudante - Eu tenho que pagar pelo cartão de débito?
Marcos Diegues, assessor jurídico do IDEC - Também não. É outro fornecimento considerado um serviço essencial e, portanto, gratuito para o consumidor.

O negócio é ficar de olho no extrato bancário para não deixar o dinheiro evaporar.

A Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) informou, em nota, que a orientação para todos os bancos é para que eles sigam as normas determinadas pelo Banco Central.

Governo planeja novas regras para cartão de crédito: saiba o que pode mudar


Mudanças podem beneficiar os consumidores.
Um dos objetivos é aumentar concorrência.
O mercado de cartões de pagamento, que movimentou mais de R$ 375 bilhões só no ano passado, pode estar prestes a mudar. O Banco Central e os ministérios da Fazenda e da Justiça estudam uma nova regulamentação do mercado com o objetivo principal de aumentar a concorrência do setor, hoje praticamente dominado por duas empresas.
Os órgãos do governo não falam sobre o andamento das discussões mas, segundo as entidades consultadas pelo G1, algumas das principais mudanças da nova legislação devem dizer respeito à unificação das redes de máquinas de leitura dos cartões, à cobrança de preço diferenciado para pagamento com cartão de crédito e ao prazo de pagamento do varejo pelas operadoras dos cartões.

A mudança que deve surtir efeitos mais imediatos para o consumidor é a que pode permitir que o varejo cobre do consumidor que fizer um pagamento em cartão de crédito um valor diferente do que seria cobrado se a conta fosse paga em dinheiro ou cheque.

Atualmente, o preço cobrado à vista deve ser o mesmo, seja qual for o instrumento usado para o pagamento – dinheiro, cheque ou cartão.

As lojas, no entanto, pagam às administradoras de cartões uma taxa que pode chegar a 5% do valor da compra, o que torna as vendas no cartão menos rentáveis.

A idéia por trás da potencial mudança é que a possibilidade de cobrar preços diferenciados pode gerar benefícios para o consumidor que utiliza dinheiro ou cheque, que não terá que “dividir” com os usuários de cartões as taxas pagas às administradoras.

As entidades de defesa do consumidor, no entanto, são contrárias à cobrança diferenciada. “A gente entende que não deve ter diferenciação alguma pra quem paga em dinheiro e cartão de crédito. Todos os pagamentos são à vista”, diz Renata Reis, técnica da Fundação Procon de São Paulo. No Distrito Federal, no entanto, uma decisão judicial já permite essa diferenciação.

“Essa questão da diferenciação fere o Código de Defesa do Consumidor (CDC)”, aponta Ione Amorim, economista do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec).
“O meio de pagamento não altera a característica da venda. Quando você usa o cartão, é um pagamento à vista, e não parcelado. O cartão é uma forma de pagamento que o lojista oferece para aumentar as condições de venda de seus produtos. E é favorável para ele, porque ele não responde pela inadimplência. Criar uma diferenciação não vai fazer com que baixe o preço”, explica.

O próprio varejo tem dúvidas sobre a vantagem da mudança. “Acho que afetaria muito o uso do cartão você saber que, para usá-lo, vai ter que pagar uma taxa ao lojista, além da taxa anual que já paga para o cartão. Não sei se isso é benéfico”, diz Marcel Solimeo, economista-chefe da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). “Você mudaria os termos da relação do consumidor com a empresa do cartão”, completa ele.

Empresas de cartões
A indústria de cartões se diz indiferente à mudança. “Essa é uma questão que afeta os órgãos de defesa do consumidor, que historicamente é contra. Para a indústria, nós não temos nenhum posicionamento, favorável nem desfavorável”, diz Roberto Medeiros, diretor da Associação Brasileira das Empresas de Cartões e Serviços (Abecs).

Apesar da oposição, a regra atual pode ser alterada mesmo antes da conclusão dos estudos do governo. A mudança entrou “de carona” na Medida Provisória 460, que trata de alterações na cobrança de impostos do setor da construção, no âmbito do programa de habitação “Minha Casa, Minha Vida”. A MP já foi aprovada pelo Senado e aguarda votação na Câmara dos Deputados.

Concorrência
Em estudo sobre o mercado de cartões de pagamento divulgado em março deste ano, o Banco Central destaca a necessidade de se aumentar a concorrência do setor, dominado pela Redecard e pela Visanet, o que poderia resultar em ganhos para os consumidores.

Uma das maiores dificuldades para quebrar esse quase duopólio são as redes de máquinas de leitura dos cartões. Isso porque hoje cada bandeira opera apenas em máquinas da própria rede – dessa forma, a entrada de uma nova operadora exigiria mais uma leitora em cada loja ou prestador de serviço.

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Além do investimento que isso exigiria da empresa de cartões, o varejo também teria seus gastos aumentados, uma vez que as máquinas são alugadas, a um custo que pode chegar a R$ 120 mensais.

“Você ter duas máquinas significa você pagar dois aluguéis, e também linha telefônica. Se você tem vários caixas, multiplica tudo por dois. Então hoje realmente você criar um cartão de crédito e montar uma nova rede é quase impossível”, diz Solimeo, da ACSP.

Para o Idec, a unificação das máquinas pode beneficiar o consumidor. “A unificação tende a reduzir custo. Isso é favorável para o comércio e para o consumidor”, diz Ione.

A própria Abecs apóia a integração das redes. Segundo Medeiros, a entidade propôs o fim da exclusividade das máquinas.

“O que a gente está propondo é que não se tenha mais exclusividade da bandeira com os adquirentes (empresas que credenciam os estabelecimentos e fornecem os equipamentos). No final o estabelecimento vai decidir com qual adquirente quer trabalhar, e a máquina vai atender todas as bandeiras”, diz ele.

O diretor da Abecs lembra, no entanto, que hoje grande parte dos estabelecimentos já têm máquinas que operam as diversas redes – nesses casos, elas não são alugadas, mas compradas pelas varejistas, que são responsáveis por sua manutenção.

Lojistas reclamam
Do lado dos lojistas, as maiores protestos são quanto às taxas cobradas sobre as operações feitas com cartão de crédito (de 3% a 5%) e do tempo decorrido entre o pagamento feito pelo cliente e o recebimento do dinheiro pelas operadoras de cartões, hoje entre 30 e 40 dias, bastante superior ao vigente na Europa e nos Estados Unidos.

“O que queremos é a redução de custo, que é o que interessa para o varejo”, diz Fabio Pina, economista da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio).

“Precisa ver quanto que ocorreria de redução. Mas o fato é que vai reduzir o custo do varejo e abrir possibilidade de oferecer condições melhores para o consumidor”.

Ione, do Idec, também vê nas possíveis mudanças a chance de melhora nas condições para o consumidor. “Se o lojista tiver melhor condição de receber, não vai ter essa necessidade de repassar custo para o consumidor”, diz.

Para a Abecs, no entanto, o formato brasileiro da indústria de cartões é mais benéfico ao consumidor. “Tudo na vida tem explicação. No Brasil é assim porque o portador do cartão paga sua conta também em 30 dias, sem nenhuma incidência de juros. Então o estabelecimento também é pago 30 dias depois”, diz ele.

“Nos Estados Unidos, também não tem uma outra facilidade que tem no Brasil, que é o parcelamento sem juros. Lá, você vai pagar juros desde a data em que você fez a compra. É um modelo diferente. Aqui é um modelo que tem mais vantagem para o portador do cartão”, defende Medeiros.

Procon: Itaú tem o pacote bancário mais barato e Unibanco, o mais caro


Pesquisa da Fundação Procon-SP divulgada nesta sexta-feira (28) revelou que a maior diferença na cobrança pelo pacote de serviços prioritários para pessoa física oferecidos pelos maiores bancos no País está nas tarifas praticadas pelo Banco Itaú e Unibanco, que anunciaram no início do mês sua fusão.

De acordo com o levantamento, divulgado hoje, a variação chega a 87,33%. O pacote padronizado do Itaú é o mais barato: R$ 15,00, empatado com a Caixa Econômica Federal. Já o mais caro é o do Unibanco - R$ 28,10.

  Padronização
Segundo Diógenes Donizete, assistente de direção do Procon, as diferenças entre os valores dos pacotes variam de banco a banco, levando em conta fatores como seus próprios custos. "Não existe um tabelamento", explica. Ele avalia que ainda é cedo para haver uma padronização dos preços cobrados por Itaú e Unibanco, mas tem certeza que, assim que as operações das duas instituições forem unificadas, haverá uma unificação de suas tabelas.

"É obvio que isso vai se fundir. Não só a instituição, mas os produtos, os serviços, os preços também vão se fundir", apontou. Ele lembrou que um banco não pode cobrar preços diferentes por produtos ou serviços idênticos, o que feriria o Código de Defesa do Consumidor.

  Valor médio
Foram analisadas pelo Procon as tabelas de custos do Banco do Brasil, Bradesco, CEF, HSBC, Itaú, Nossa Caixa, Real, Safra, Santander e Unibanco, com base nas tabelas vigentes a partir de 31 de outubro. Segundo o Procon, o valor médio do pacote padronizado é de R$ 21,36. O resultado mostra um recuo de 0,19% ante o valor médio encontrado na pesquisa realizada em abril, de R$ 21,40.

A internet tem sido um verdadeiro palco de batalha - Olha isso!

Posted: 06 Dec 2010 04:23 PM PST
Julian Assange: "Falsas Teorias de Conspiração"
Assange: "Falsas Teorias de Conspiração"

Julian Assange, fundador do wikileaks, virou celebridade mundial da noite para o dia, desde que iniciou a publicação dos (supostamente vazados) documentos diplomáticos americanos no dia 28 de novembro. Agora ele está até mesmo cotado para ser a "personalidade do ano" pela revista Time. Tendo em mente quem levou o título nos últimos 2 anos, Ben Bernanke (presidente do FED) e Barack Obama, é realmente de se suspeitar o fato de Assange ter virado o queridinho da mídia corporativa. Eu particularmente tenho minhas suspeitas em relação ao Wikileaks. Primeiro porque milagrosamente conseguiu com que grandes veículos de mídia cooperassem e compartilhassem as informações, segundo por claras ligações com o mega-investidor George Soros e a própria CIA, que irei  detalhar em outro post, e por último é claro, pela declaração do Assange sobre as "falsas teorias da conspiração" sobre os atentados de 11 de setembro. Mais precisamente, Assange disse o seguinte ao jornal Belfast Telegraph:

"Eu acredito em fatos sobre conspirações", diz Assange, escolhendo as palavras lentamente. "Sempre que as pessoas com poder planejam em segredo, eles estão realizando uma conspiração. Portanto, há conspirações em toda parte. Há também teorias de conspiração malucas. É importante não confundir as duas. Geralmente, quando há fatos suficientes sobre uma conspiração simplesmente a chamamos de notícia". E sobre 11 de setembro? "Eu fico constantemente incomodado pelo fato das pessoas serem distraídas por conspirações falsas como o 11 de setembro, enquanto o tempo todo nós fornecemos evidências de conspirações reais, para a guerra ou fraude financeira em massa". E sobre a conferência de Bilderberg? "Isso é vagamente conspiratório, em um sentido de rede. Nós publicamos as notas das reuniões."
Por um lado eu entendo que ele queira se preservar e não ser associado diretamente ao movimento "911 truthers", pois iria certamente criar um pretexto para a mídia desacreditar o wikileaks. Por outro lado, ele não precisava chegar ao extremo de chamar de "conspirações malucas", ainda mais se levarmos em conta que o 11 de setembro foi o que fez que chegássemos ao Estado Policial em que nos encontramos hoje, além de servir como pretexto para várias guerras. Ele também faz pouco caso da reunião do Grupo Bilderberg, um grupo que reúne em segredo "apenas" as pessoas mais poderosas do mundo uma vez por ano.

Nós temos acompanhados nos últimos anos as intermináveis inconsistências 
da versão oficial dos atentados, que sem dúvida alguma justificam uma nova investigação dos eventos de 11 de setembro. Chamar as suspeitas justificadas sobre a versão original do 11 de setembro de "conspirações malucas" mostra apenas de que lado realmente Assange está. São várias as razões que levam  qualquer um que consiga raciocinar por si próprio concluir que a verdade sobre aqueles eventos não foi revelada. Seis dos dez membros da comissão de investigação do 11 de setembro reconheceram que a investigação tinha sido uma farsa e que a Casa Branca e o Pentágono impediram seu trabalho. Ou a queda do edifício WCT 7, que não havia sido atingido por nenhum avião e mesmo assim desabou em queda livre, a qual  foi reportada por diversos veículos da mídia vários minutos antes do fato. Ou o fato de Osama bin Laden ter, de acordo com ex-funcionários do FBI, trabalhado para os EUA até antes do 11 de setembro de 2001. Ou cientistas terem encontrados amostras de explosivos altamente avançados em amostras dos escombros das torres gêmeas e do prédio WCT 7.   Ou como que os sistemas de defesa aérea americano deixaram de seguir os procedimentos operacionais padrão para responder aos vôos de passageiros desviados. Ou porque um número sem precedentes de opções de venda, especulações de que uma ação vai cair, foram colocadas em ações de companhias aéreas, nos dias antes do 11 de setembro, sugerindo conhecimento prévio dos atentados.  Ou porque o governo dos EUA permitiu que toda família de Bin Laden voasse para fora do país sem sequer questioná-los, enquanto todo o tráfego aéreo havia sido interrompido.

Estes são apenas uma pequena parte da montanha de outras questões que indicam claramente a história oficial é impossível e que milhões de pessoas em todo o mundo reconhecem isto.  Mas mesmo assim Assange, nosso herói cibernético, se recusa a reconhecer o 11 de sembro como uma conspiração, ou pelo menos reconhecer que haja necessidade de uma nova investigação para esclarecer os muitos pontos duvidosos. Assange ignora também a enorme quantidade de ex-oficiais, cientistas, acadêmicos e autoridades que não acreditam na versão oficial dos fatos. Irei publicar muito em breve um artigo contendo citações de dezenas de personalidades questionando o 11 de setembro.

Com base nos documentos publicados até entao, na minha opinião, ficou claro que a real intenção do Cablegate é de validar a falsa Guerra ao Terror, implantar o medo e a discórdias entre os países,  e demonizar os suspeitos de sempre como Iran, Coreia do Norte e a China. Com o Brasil em particular, figurinha freqüente dos documentos publicados na primeira semana, vemos uma tentativa de tentar empurrar a paranóia americana anti-terrorismo, usando como pretexto a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 (vocês não achavam que havíamos ganho esta honra por outro motivo, achavam?), e juntamente exportar o seu "expertise" em lidar com o terrorismo. Podem ter certeza que, depois dos scanners corporais enviados pelos EUA e já em uso no Brasil, muito em breve os EUA estarão exportando suas "técnicas" de revistas de genitálias nos aeroportos, os Centros de Fusão (onde centralizam inteligência contra grupos pacíficos,  teóricos de conspiração  e candidatos independentes), além dos infames Campos de Detenção da Fema.

Apesar de vários documentos que mostram atividades criminosas pelos EUA, como a espionagem de membros da ONU, os grandes veículos da mídia estão focando nos documentos sobre o Iran, a China e a Coreia do Norte, que dão suporte a ações militares contra aqueles países. Sobre o Brasil, vemos claramente que os documentos tentam sugerir a presença de terroristas ou suporte a terroristas no Brasil, além de reclamar da falta de legislação anti-terrorismo no país. Nós sabemos muito bem quem está por trás do terrorismo, supostamente islâmico, no mundo inteiro: a CIA, FBI e seus comparsas, utilizando pessoas facilmente manipuláveis para agir sob o pretexto do radicalismo islâmico. Me preocupa que estes documentos acabem por iniciar um movimento anti-islâmico no país e a criação de leis anti-terrorismo, as quais sabemos muito bem contra quem seriam utilizadas no fim das contas: nós mesmos.

Fontes:
Wanted by the CIA: Julian Assange - Wikileaks founder
TIMES: Who Will Be TIME's 2010 Person of the Year?