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terça-feira, 17 de dezembro de 2013
terça-feira, 5 de novembro de 2013
Mulheres - Bolo de iogurte cremoso com morangos - 04/11/2013
http://www.youtube.com/v/kricAvsLWOY?version=3&autohide=1&showinfo=1&autohide=1&feature=share&autoplay=1&attribution_tag=DuNUFDaoNq9Z9sQf3dxSsQ
quinta-feira, 24 de outubro de 2013
sexta-feira, 18 de outubro de 2013
quinta-feira, 26 de setembro de 2013
domingo, 8 de setembro de 2013
quinta-feira, 5 de setembro de 2013
quinta-feira, 13 de junho de 2013
quarta-feira, 5 de junho de 2013
quarta-feira, 13 de março de 2013
Geração Y
A geração Y são as pessoas que nasceram na década de 80. Eleas têm no máximo 30 anos e cresceram numa época de forte desenvolvimento tecnológico que mudou a forma das pessoas se comunicarem e trabalharem.
A geração Y são as pessoas que nasceram na década de 80. Eleas têm no máximo 30 anos e cresceram numa época de forte desenvolvimento tecnológico que mudou a forma das pessoas se comunicarem e trabalharem.
Diferente das gerações anteriores – a
chamada geração X e sua antecessora os Baby Boomers – a geração Y tem
uma filosofia de vida diferente, valores diferentes e consequentemente
um padrão ético diferente.
Para a geração Y trocar de emprego a
cada 2 anos é normal. Trabalhar na concorrência! Qual o problema? A
geração dos Baby Boomers trabalha em média em duas ou três empresas ao
longo de toda a carreira e essa troca constante de empresas, tão normal
para os jovens de hoje, é vista com maus olhos pelos mais antigos.
A geração Y é movida por novidades e
desafios. É uma geração multifuncional. Falar ao celular ao mesmo tempo
em que trabalha no computador e assiste a TV é algo completamente
normal. Eles são ágeis e dinâmicos.
A tecnologia cresceu com a geração Y.
Quer saber sobre algum assunto? Procura no Google. Tudo é para ontem,
eles odeiam lerdeza. Dispensam manual de instrução, aprendem tudo
sozinhos, manuais são usados como último recurso apenas, fuçar é “mais
legal”.
No mercado de trabalho prezam pela
qualidade de vida e ambiente agradável de trabalho. São movidos por
desafios e querem ser reconhecidos. Salário é importante, mas não é a
principal busca.
Essa geração tem praticado menos
esporte, tudo é tecnológico e o sedentarismo reina. Alimentação rápida,
tipo fast-food, é sempre bem vinda. Também são menos pacientes e não
gostam de ser contrariados. Andam em grupos e muitas vezes cometem
crimes em grupos pela falta de tolerância com outros grupos.
Possui uma conscientização ambiental
maior, uma preocupação em preservar os recursos naturais de forma a
garantir que esses recursos sejam suficientes para as gerações futuras.
Em relação à economia começaram a
trabalhar sobre uma moeda estável e inflação sobre controle. A forma de
pensar no dinheiro é diferente. Comprar parcelado é o normal. Não são
grandes investidores, gastam em tecnologia e costumem pensar os gastos
não pelo preço do produto, mas analisando se a parcela cabe dentro do
orçamento do mês. Isso é perigoso.
A geração Y exerce uma chefia mais
democrática e não se apega as formalidades. Reuniões podem ser feitas
com todos sentados ao chão e devem ser rápidas, eles não tem paciência
para lenga-lenga.
Informação eles tem, habilidade e
atitude também, sendo assim podemos os classificar como competentes. Às
vezes são um pouco afoitos e acabam quebrando a cara, mas são
talentosos, e mesclando-os com os profissionais das gerações X e Baby
Boomers podem trazer grandes benefícios para as organizações em que
trabalham.
Geração X
A geração X é formada pelos adultos que tem entre 30 e 45 anos. Para eles a carreira é importante. Boa empresa é a que oferece plano de carreira, você começa como office-boy e pode chegar a presidente. É possível galgar toda a hierarquia organizacional. Tempo de “casa” é fator decisivo para promoções e aumento de salário.
A geração X é formada pelos adultos que tem entre 30 e 45 anos. Para eles a carreira é importante. Boa empresa é a que oferece plano de carreira, você começa como office-boy e pode chegar a presidente. É possível galgar toda a hierarquia organizacional. Tempo de “casa” é fator decisivo para promoções e aumento de salário.
Essa geração é resistente a mudanças,
gostam da estabilidade e da rotina. Veem com certa desconfiança serem
chefiados por jovens da Geração Y, custam a acreditar na capacidade
deles, acha que lhes falta experiência.
A geração X jogou Enduro no Atari,
cantou Legião Urbana, fez curso de datilografia e ouviu que falar inglês
era um diferencial no mercado de trabalho.
Viveu sobre forte inflação, onde produtos eram remarcados no supermercado até 3 vezes ao dia.
A geração X gosta de mostrar poder:
carro, casão, títulos, tudo isso é poder. Uma sala exclusiva e bem
grande na empresa demonstra status.
Essa geração acompanhou as rápidas
mudanças tecnológicas e alguns foram atropelados por elas. O mercado de
trabalho mudou muito, evoluir foi necessário e muitos não conseguiram ou
não quiseram acompanhar essas mudanças.
É uma geração pé no chão, reciosa e desconfiada.
A geração X trabalhou num mercado onde
as regras eram claramente definidas e tem alguma dificuldade em entender
que as promoções hoje acontecem por competência e não mais por tempo de
casa e títulos no currículo.
Diferente da geração Y que deseja fazer
parte da conquista e realizações da empresa, a Geração X almeja ganhar
dinheiro; não arrisca muito, faz o feijão com arroz, não busca inovação
constante e se contenta com a rotina e evolução pouco a pouco da
carreira. Para a geração X, trabalho é trabalho. Já para a geração Y,
trabalho e diversão muitas vezes é a mesma coisa.
A próxima geração, a que nasceu neste
século XXI terá ainda mais valores diferentes. Provavelmente a separação
em real e virtual não existirá, afinal eles nasceram sobre forte
tecnologia.
Para a geração século XXI a forma de
adquirir conhecimento será constante, estarão conectados a todo o
momento, o mundo estará na ponta dos dedos.
É complicado ainda falar dessa nova geração, teremos que esperar para ver.
terça-feira, 12 de março de 2013
Para empreender , viajar é preciso.
Como a maioria das pessoas, gosto muito de viajar. Desde 2000, atuo
no mercado de franchising, e ao longo do tempo tive a oportunidade de
vivenciar muitas experiências devido ao contato com diferentes culturas e
processos de trabalho. Isso me ajudou bastante a obter insights tanto
para empreender quanto para gerir os negócios.
Sempre observei que experiências extraordinárias para nossos negócios
podem surgir de uma viagem, do networking e do bom aproveitamento desse
tempo para a oxigenação da mente com o que há de mais contemporâneo no
mundo, com as tendência internacionais.
Pela segunda vez consecutiva, participo de uma delegação de
empresários, organizada pela empresa em que trabalho, para visitar a
convenção anual da IFA (International Franchise Association). Esse
evento – que em 2013 acontece em Las Vegas, nos Estados Unidos – é
considerado o maior do mundo no segmento de franchising e representa uma
oportunidade singular para analisar o mercado global.
A importância da participação de empresários e líderes do franchising
brasileiro em eventos desse porte é proporcional ao vertiginoso
desenvolvimento do mercado nacional. Segundo dados da ABF (Associação
Brasileira de Franchising), o setor cresceu cerca de 16% em 2012. Para
este ano, a expectativa é que o faturamento aumente 15% e que tenhamos
2.400 marcas de franquias.
Antes mesmo de fazer parte da delegação, eu já participava da
convenção, justamente com o intuito de promover novas parcerias, trocar
conhecimento e trazer ideias para o mercado brasileiro. Sempre senti
vontade de proporcionar aos empresários do meu país a possibilidade de
demonstrar a força do mercado nacional no exterior, de levantar a
bandeira brasileira lá fora. Por isso, incentivei a criação dessa
delegação.
Para empreender, é preciso ter vontade de realizar e coragem para
sair da sua zona conforto. Quem quer empreender precisa vivenciar
acontecimentos reais, ter contato com o ambiente corporativo de uma
maneira que agregue algo não só para o seu negócio, mas também para o
seu segmento de atuação e pra si mesmo. Nada melhor do que buscar tudo
isso em lugares diferentes, viajando e se inspirando com novas ideias.
Pequena empresa postura grande.
O início de um empreendimento sempre remete à ideia de uma equipe de
trabalho pequena – ou, em alguns casos, uma ‘equipe’ formada por uma
pessoa só. Por este motivo, muitos de nós nos consideramos verdadeiros
‘faz-tudo’. E, de fato, somos. Conheço essa situação muito bem, já que,
em meus dois empreendimentos, minha equipe é bem enxuta, mas nem por
isso menos comprometida e competente. Todos buscam dar o melhor de si
para o sucesso do negócio.
No meu caso, a estratégia para lidar com essas equipes foi separar os
departamentos e atribuições, organizar um cronograma de ações e um
organograma funcional. Sim, mesmo com uma equipe pequena, em que um
único colaborador é responsável por muitas funções, é fundamental termos
um organograma. Dessa maneira, trabalhamos sabedores do que cada um faz
e nos habilitamos, ainda que algumas vezes intuitivamente, para
auxiliar no crescimento da empresa.
Outra estratégia implementada foi focar nos processos e olhar para
meus empreendimentos, mesmo que ainda pequenos, como grandes. De que
maneira? Dando atenção para todas as etapas produtivas, priorizando o
planejamento estratégico e o monitoramento, reduzindo o desperdício de
custos e de tempo na execução das ações.
Uma das táticas mais importantes foi estabelecer uma comunicação
transparente e eficaz com a equipe. Acredito que, enquanto a empresa
ainda é pequena e conta com uma equipe enxuta, devemos aproveitar para
exercitar as aprendizagens adquiridas. Dessa maneira, teremos uma
comunicação contínua, transparente, clara, assertiva e de ampla escuta. É
preciso ouvir e compreender seu time. Afinal, muitas boas ideias podem
surgir a partir deste pequeno grupo. E é com ele que desejamos crescer,
não é mesmo? Foi assim que muitas empresas se tornaram grandes.
Planeje, implante, monitore, persista, organize, crie, comunique,
escute, produza, fature, valorize, incentive e cresça de maneira a levar
essa equipe com você aonde quer que você vá. Assim, quando você chegar
lá, poderá se tornar tão grande quanto deseja ser!
Inovações por minuto.
Ser inovador não é tão difícil quanto você pensa: muitas vezes, basta parar para ouvir, ou tentar se colocar no lugar das pessoas que gostamos de chamar de “nossos consumidores”, para que as boas ideias apareçam. Para mim, é inevitável pensar nisso cada vez que reparo em um dos fenômenos de comportamento que tenho presenciado em São Paulo.
Todos os dias, ao caminhar pela avenida Paulista, me deparo com aquelas pessoas com camisetas coloridas (designando a ONG ou a empresa que representam) abordando os pedestres nas horas de pico para roubar “só dois minutinhos do seu tempo”. É fácil localizá-las entre as centenas de pedestres que andam em massa, apressados como cardumes de peixes coloridos, e se desviam automaticamente cada vez que um obstáculo aparece no caminho.
Será que estas pessoas, e as organizações para as quais elas trabalham, ainda não perceberam que os pedestres da Paulista não têm ‘dois minutinhos’ para lhes conceder? Até uma estrangeira como eu já reparou nesse pequeno detalhe. Se não são pais atrasados (e cansados), que têm que chegar em casa para atender seus filhos, são jovens igualmente atrasados (e cansados), a caminho de qualquer uma das múltiplas atividades que lotam suas complicadas agendas.
Antes mesmo de começar sua jornada, eles já começam a planejar como vão se esquivar desses desagradáveis obstáculos que ameaçam atrasar ainda mais sua já complicada rotina. A última coisa que esses indivíduos querem é parar para responder um questionário à moda antiga (com papel e caneta). Só mesmo o criador desses formulários não sabe o quanto esses ‘dois minutinhos’ podem fazer diferença nesse caos diário que vivemos como sobreviventes em uma grande cidade.
Bem, toda vez que deparo com esse fenômeno, lembro de uma experiência que vivi quando trabalhava em Sri Lanka. Na época, uma simples conversa com esse tal de consumidor me ajudou a criar uma ideia que foi considerada inovadora. E, na verdade, o papo nem foi com o consumidor, e sim com uma pessoa que tratava diariamente com ele.
Lá estava eu trabalhando como gerente de produto de uma empresa que produzia leite em pó para crianças, quando meu chefe me passou uma tarefa: eu teria que fazer uma promoção para dobrar as vendas do produto pelos próximos três meses. Alguma outra marca não estava indo bem, e eu fui designada parar arquitetar o resgate das vendas do trimestre. Glup.
Em primeiro lugar, eu já estava cansada de trabalhar com um produto que não conhecia bem. Além disso, o grande trunfo do leite em pó era um ‘ingrediente mágico’ que prometia incrementar o QI das crianças. Nem eu, que gerenciava a marca, acreditava naquela promessa, muito menos os pediatras que tentávamos convencer a nos dar um aval. Para piorar as coisas, naquela época eu não tinha nenhum interesse no universo infantil, então nem imaginava o que faria uma mãe comprar mais leite em pó.
Mas esse era meu ponto de partida: a mãe que compraria o nosso produto. E quem conheceria melhor essa mãe do que o pediatra, que já não queria mais me receber no seu consultório? Fiquei imaginando com era a rotina daquela mãe, e assim cheguei na minha solução: iria conversar com a professora do jardim de infância frequentado pelos pequenos pimpolhos para os quais meu produto estava direcionado.
Fiz uma lista de escolas para conhecer, mas só precisei de uma visita para achar a minha ideia inovadora. Perguntei para a professora o que as crianças gostavam de fazer. Ela respondeu: “Ah, elas gostam muito de brincar com esses finger puppets (dedoches) de papel que fazemos em aula e usamos para acompanhar as canções como Twinkle, Twinkle Little Star (conhecida no Brasil como Brilha, Brilha, Estrelinha).”
Missão cumprida. Não precisava visitar mais escolas, nem falar com mais ninguém (nesse ponto, discordo das pesquisas quantitativas: acredito que um depoimento pode valer mais que mil entrevistas). Sabia o que iríamos fazer – distribuir finger puppets como brindes junto com cada embalagem de leite em pó. O próximo passo foi achar um fornecedor que pudesse fazer os brinquedos. Tomamos ainda o cuidado de levar em conta o perfil das mães do Sri Lanka – como elas não sabiam o que eram os dedoches, criamos comerciais que mostravam como utilizá-los.
Em dois meses, os produtos da promoção estavam esgotados e o fornecedor (responsável por uma das muitas máquinas que fazem brinquedos de pelúcia para as grandes marcas internacionais) já tinha copiado a ideia e apresentado para seus clientes. A promoção, que deveria durar três meses, se estendeu por mais três. Como havia cinco tipos diferentes de brinquedos, as crianças queriam colecionar, o que aumentava ainda mais as vendas.
Bom, voltando para o fenômeno da avenida Palista. Será que esses seres bem intencionados que se posicionam ao longo da avenida não repararam que a única razão pela qual um pedestre interrompe seu passo apressado é para comer algo, ou então para ouvir um dos músicos que se apresentam na calçada, e que o ajudam a esquecer o estresse? Não sei dizer quantas vezes eu já me senti grata e quis dar um par de moedas a um desses artistas de rua, para compensar a mini explosão de felicidade que provocaram no meu tão cansado corpinho.
Na minha opinião, a solução para esses seres que querem pegar os nossos dados é tão simples quanto óbvia (e eu generosamente estou dando de graça): amarre a mensagem que você quer transmitir com o trabalho de um desses artistas de rua. Você estará fazendo duas coisas boas: ao mesmo tempo em que apoia o trabalho desse músico, oferece uma mini explosão de felicidade para todas essas pessoas (não consumidores!) que passam diariamente por ali. E, por favor, não interrompa a música – coloque o formulário de lado e coloque uma placa pedindo para as pessoas deixarem seu cartão ou os dados de que estão precisando.
Ser inovador não é tão difícil quanto você pensa: muitas vezes, basta parar para ouvir, ou tentar se colocar no lugar das pessoas que gostamos de chamar de “nossos consumidores”, para que as boas ideias apareçam. Para mim, é inevitável pensar nisso cada vez que reparo em um dos fenômenos de comportamento que tenho presenciado em São Paulo.
Todos os dias, ao caminhar pela avenida Paulista, me deparo com aquelas pessoas com camisetas coloridas (designando a ONG ou a empresa que representam) abordando os pedestres nas horas de pico para roubar “só dois minutinhos do seu tempo”. É fácil localizá-las entre as centenas de pedestres que andam em massa, apressados como cardumes de peixes coloridos, e se desviam automaticamente cada vez que um obstáculo aparece no caminho.
Será que estas pessoas, e as organizações para as quais elas trabalham, ainda não perceberam que os pedestres da Paulista não têm ‘dois minutinhos’ para lhes conceder? Até uma estrangeira como eu já reparou nesse pequeno detalhe. Se não são pais atrasados (e cansados), que têm que chegar em casa para atender seus filhos, são jovens igualmente atrasados (e cansados), a caminho de qualquer uma das múltiplas atividades que lotam suas complicadas agendas.
Antes mesmo de começar sua jornada, eles já começam a planejar como vão se esquivar desses desagradáveis obstáculos que ameaçam atrasar ainda mais sua já complicada rotina. A última coisa que esses indivíduos querem é parar para responder um questionário à moda antiga (com papel e caneta). Só mesmo o criador desses formulários não sabe o quanto esses ‘dois minutinhos’ podem fazer diferença nesse caos diário que vivemos como sobreviventes em uma grande cidade.
Bem, toda vez que deparo com esse fenômeno, lembro de uma experiência que vivi quando trabalhava em Sri Lanka. Na época, uma simples conversa com esse tal de consumidor me ajudou a criar uma ideia que foi considerada inovadora. E, na verdade, o papo nem foi com o consumidor, e sim com uma pessoa que tratava diariamente com ele.
Lá estava eu trabalhando como gerente de produto de uma empresa que produzia leite em pó para crianças, quando meu chefe me passou uma tarefa: eu teria que fazer uma promoção para dobrar as vendas do produto pelos próximos três meses. Alguma outra marca não estava indo bem, e eu fui designada parar arquitetar o resgate das vendas do trimestre. Glup.
Em primeiro lugar, eu já estava cansada de trabalhar com um produto que não conhecia bem. Além disso, o grande trunfo do leite em pó era um ‘ingrediente mágico’ que prometia incrementar o QI das crianças. Nem eu, que gerenciava a marca, acreditava naquela promessa, muito menos os pediatras que tentávamos convencer a nos dar um aval. Para piorar as coisas, naquela época eu não tinha nenhum interesse no universo infantil, então nem imaginava o que faria uma mãe comprar mais leite em pó.
Mas esse era meu ponto de partida: a mãe que compraria o nosso produto. E quem conheceria melhor essa mãe do que o pediatra, que já não queria mais me receber no seu consultório? Fiquei imaginando com era a rotina daquela mãe, e assim cheguei na minha solução: iria conversar com a professora do jardim de infância frequentado pelos pequenos pimpolhos para os quais meu produto estava direcionado.
Fiz uma lista de escolas para conhecer, mas só precisei de uma visita para achar a minha ideia inovadora. Perguntei para a professora o que as crianças gostavam de fazer. Ela respondeu: “Ah, elas gostam muito de brincar com esses finger puppets (dedoches) de papel que fazemos em aula e usamos para acompanhar as canções como Twinkle, Twinkle Little Star (conhecida no Brasil como Brilha, Brilha, Estrelinha).”
Missão cumprida. Não precisava visitar mais escolas, nem falar com mais ninguém (nesse ponto, discordo das pesquisas quantitativas: acredito que um depoimento pode valer mais que mil entrevistas). Sabia o que iríamos fazer – distribuir finger puppets como brindes junto com cada embalagem de leite em pó. O próximo passo foi achar um fornecedor que pudesse fazer os brinquedos. Tomamos ainda o cuidado de levar em conta o perfil das mães do Sri Lanka – como elas não sabiam o que eram os dedoches, criamos comerciais que mostravam como utilizá-los.
Em dois meses, os produtos da promoção estavam esgotados e o fornecedor (responsável por uma das muitas máquinas que fazem brinquedos de pelúcia para as grandes marcas internacionais) já tinha copiado a ideia e apresentado para seus clientes. A promoção, que deveria durar três meses, se estendeu por mais três. Como havia cinco tipos diferentes de brinquedos, as crianças queriam colecionar, o que aumentava ainda mais as vendas.
Bom, voltando para o fenômeno da avenida Palista. Será que esses seres bem intencionados que se posicionam ao longo da avenida não repararam que a única razão pela qual um pedestre interrompe seu passo apressado é para comer algo, ou então para ouvir um dos músicos que se apresentam na calçada, e que o ajudam a esquecer o estresse? Não sei dizer quantas vezes eu já me senti grata e quis dar um par de moedas a um desses artistas de rua, para compensar a mini explosão de felicidade que provocaram no meu tão cansado corpinho.
Na minha opinião, a solução para esses seres que querem pegar os nossos dados é tão simples quanto óbvia (e eu generosamente estou dando de graça): amarre a mensagem que você quer transmitir com o trabalho de um desses artistas de rua. Você estará fazendo duas coisas boas: ao mesmo tempo em que apoia o trabalho desse músico, oferece uma mini explosão de felicidade para todas essas pessoas (não consumidores!) que passam diariamente por ali. E, por favor, não interrompa a música – coloque o formulário de lado e coloque uma placa pedindo para as pessoas deixarem seu cartão ou os dados de que estão precisando.
Você está sofrendo da sindrome de Burnout?
Quando resolvi escrever sobre esse assunto, fui procurar a tradução de burnout
e descobri que não existe uma palavra equivalente em português. A
definição mais próxima seria estafa ou esgotamento profissional. Mas,
seja qual for a linguagem, as características e soluções são as mesmas.
A Mayo Clinic, especializada em doenças relacionadas ao trabalho aqui
nos Estados Unidos, elaborou uma lista de questões que ajuda a
diagnosticar se você está sofrendo da síndrome de burnout.
• Você está sendo cínico ou crítico demais no trabalho?
• Vai arrastado para o escritório e tem dificuldade de começar as atividades?
• Sente-se irritado ou fica impaciente com funcionários ou clientes?
• Não tem energia para ser produtivo de forma consistente?
• Não se sente satisfeito com as suas realizações?
• Sente-se desiludido com seu trabalho?
• Usa comida, drogas ou bebidas alcoólicas para se sentir melhor ou esquecer?
• Apresentou mudanças de apetite ou de sono recentemente?
• Sofre de inexplicáveis dores de cabeça, nas costas ou em outras partes do corpo?
• Você passou a encarar sua empresa como apenas mais um trabalho?
Se respondeu sim a uma ou mais dessas perguntas, você pode estar sofrendo da síndrome de burnout.
Mas a mais importante de todas é a última delas. Infelizmente, não é
difícil para o pequeno empresário perder a paixão e a energia iniciais.
Pesquisas apontam que uma grande parte deles trabalha mais de 60 horas
semanais – a longa jornada diária é um dos fatores que mais contribuem
para o burnout. Outros aspectos da atividade que provocam a síndrome são:
Falta de controle
Quem abre um negócio próprio acredita que isso lhe dará total controle sobre sua vida profissional. Mas a realidade pode não ser bem assim. Gerenciar empregados, clientes, fornecedores e recursos para manter o negócio funcionando pode fazer com que você se sinta perdido.
Quem abre um negócio próprio acredita que isso lhe dará total controle sobre sua vida profissional. Mas a realidade pode não ser bem assim. Gerenciar empregados, clientes, fornecedores e recursos para manter o negócio funcionando pode fazer com que você se sinta perdido.
Desorganização
Talvez você tenha começado seu negócio sozinho, sem nenhuma experiência ou treinamento sobre formação de equipes. O resultado pode ter sido uma equipe de trabalho desestruturada, difícil de gerenciar.
Talvez você tenha começado seu negócio sozinho, sem nenhuma experiência ou treinamento sobre formação de equipes. O resultado pode ter sido uma equipe de trabalho desestruturada, difícil de gerenciar.
Incompatibilidade na função
É comum o pequeno empresário exercer várias atividades de que não gosta ou para as quais não tem as habilidades necessárias. Não cometa esse erro: o melhor é contratar funcionários adequados para cada tarefa.
É comum o pequeno empresário exercer várias atividades de que não gosta ou para as quais não tem as habilidades necessárias. Não cometa esse erro: o melhor é contratar funcionários adequados para cada tarefa.
Atividades extenuantes
O que talvez tenha sido empolgante no passado pode ter se tornado monótono. Ou então sua empresa pode estar passando por situações que criem um certo caos. Os dois casos geram exaustão.
O que talvez tenha sido empolgante no passado pode ter se tornado monótono. Ou então sua empresa pode estar passando por situações que criem um certo caos. Os dois casos geram exaustão.
Então o burnout é um caso perdido? De jeito nenhum! E o que fazer para se entusiasmar novamente, antes que seja tarde?
1.Faça uma análise estratégica do seu negócio e identifique os
desafios e os obstáculos que estão contribuindo para o estresse. Para
retomar o controle sobre a empresa, redefina metas, objetivos e táticas.
2.Encontre um mentor ou coach. A famosa frase “é muito solitário no
topo” é uma grande verdade para o pequeno empresário. Não é uma boa
ideia desabafar com sócios, funcionários, amigos ou família. E não é
fácil se manter objetivo com relação a si próprio ou a sua empresa. Um
coach executivo ou um mentor poderá lhe dar o apoio de que você
necessita.
3.Divirta-se. Não é porque trabalha 60 horas por semana que você
deve deixar de lado interesses pessoais, passeios com amigos e família,
ou simplesmente momentos de descanso. Coloque essas atividades na sua
agenda e dê prioridade a elas, como faz com as atividades profissionais.
O sucesso do seu negócio pode depender de você ser inteligente o
suficiente para passar algum tempo longe dele.
Sua reputação vale crédito.
Você já pensou que também tem uma reputação digital e que ela pode,
um dia, afetar seu crédito em bancos? Ou que “headhunters” vão avaliar
sua participação online como um dos requisitos para sua contratação?
Quem já alugou uma casa pelo Airbnb, por exemplo, é avaliado pelo
proprietário depois de sair do imóvel.
Tudo o que você faz hoje na internet pode ajudar ou prejudicar sua
reputação. Isso tem um nome: “reputation economy”. O valor da reputação
não é um conceito novo, mas agora há um elemento a mais: o “big data” –
um número tão grande de informações que esses dados, capturados na web
por diversos serviços digitais, podem ser cruzados e analisados.
No seu Facebook, por exemplo, você mostra do que gosta, comenta na
linha do tempo dos amigos e todas essas informações são “coladas” em
você. Todos deixamos um rastro de informações, e uma delas é se somos
confiáveis ou não.
Tudo isso tem um potencial enorme para as empresas. Os bancos são um
bom exemplo, uma vez que podem usar essas informações para avaliar se
vão te dar crédito, por exemplo. Usando ações passadas, é possível saber
qual é a probabilidade de alguém honrar um acordo no futuro, o que pode
ser particularmente útil para a indústria de serviços financeiros. “A
reputação permite trazer mais um pouco da história de quem você é, não
importa se é no digital ou no mundo real”, diz Brian Chesky, cofundador e
CEO do Airbnb.
Alguns exemplos de quais de suas atividades são analisadas: dá para
medir a conectividade social por meio de seus amigos no Facebook, saber
quem são as pessoas conectadas em seu LinkedIn e qual é sua pontuação no
Klout. Nossa reputação digital será nosso cartão de visitas tanto no
mundo online como fora dele.
Momento de decisão.
Por mais racionais que as pessoas tentem ser, tomar uma decisão é
sempre complicado, especialmente quando esta envolve algum tipo de
julgamento. Um dos riscos que o empreendedor corre é o de agir com base
apenas nas ideias e opiniões de seus colaboradores.
Hoje mesmo, um amigo meu me contava que, quando quer ouvir uma
determinada resposta de alguém, ele utiliza alguns artifícios para
conduzir essa pessoa à decisão pretendida. Fiquei impressionada. Eu me
considero uma pessoa persuasiva, mas não a ponto de fazer com que as
pessoas falem o que eu quero ouvir.
Quando ele me explicou sua técnica, percebi que eu mesma posso já ter
feito isso sem perceber. Todos nós, inconscientemente, costumamos fazer
um julgamento a respeito de pessoas ou situações e compartilhá-lo com
nossos amigos e familiares. Como resultado, eles ficam contaminados com a
nossa opinião e começam a considerá-la um ponto de referência para a
construção das suas visões. Por exemplo: se eu estou carregando um
pacote e falo “Nossa, como está pesado”, quando passar para outra
pessoa, ela já pegará o pacote com a sensação do peso e, provavelmente,
terá a mesma opinião.
Na maioria das vezes, é um processo inconsciente – tanto para quem
emite a primeira opinião quanto para quem acaba concordando com ela. É
natural que as pessoas busquem âncoras e parâmetros para a tomada de
decisões. Uma pesquisa holandesa publicada recentemente na revista Psychological Science
mostra como nossos palpites e percepções podem ser afetados até mesmo
pela inclinação do nosso corpo. Imagine o efeito da opinião de outra
pessoa.
Nós, empreendedores, precisamos estar especialmente atentos ao tipo
de influência que recebemos sem perceber. Todos os dias, são inúmeras as
decisões que precisamos tomar – das mais triviais às mais complexas.
Como não podemos estar presentes em todas as situações, precisamos ouvir
a nossa equipe e colher suas opiniões. Mesmo que nossos colaboradores
procurem ser imparciais, nós seremos influenciados pelas suas ideias. O
importante é reconhecer essa influência e utilizar critérios racionais
para tomar a decisão.
Uma boa estratégia é começar a treinar com decisões mais fáceis:
pense em um determinado tema e forme sua própria opinião, sem levar em
consideração o que os outros pensam. Que tal começar relativizando a
minha opinião expressa nesse post? Espero que eu não tenha contaminado
as ideias de vocês.
Use networking para realizar bons negócios.
Se existe uma coisa que nós mulheres sabemos fazer muito bem é falar.
Mais do que falar, sabemos nos comunicar: com essa ferramenta tão
poderosa, tenho visto muitas mulheres fazerem do networking um caminho
para o sucesso de seus empreendimentos.
Por conta do meu blog Empreendedorismo Rosa, tenho participado de
muitos eventos, alguns voltados às mulheres, outros não. Para minha
alegria, vejo cada vez mais mulheres presentes e “sacando” seus cartões
de visitas das bolsas, como que dizendo: “Estou aqui para divulgar meu
empreendimento e conhecer o seu. Vamos conversar?”.
O termo networking poderia ser desdobrado em “net” (rede) e
“working”(trabalhando). A ideia é de que todos deveriam buscar ter novos
relacionamentos no âmbito do trabalho e fazer disso algo realmente
positivo para o seu empreendimento.
Se você deseja ser apresentada a alguém, não basta pedir para um
contato em comum fazer a intermediação: é necessário explicar por que
deseja essa conexão. Também é fundamental agir com reciprocidade,
atuando como uma ponte de relações de negócios. Dessa maneira, estará
realizando a ideia principal da rede de relacionamentos.
Provida com esses novos contatos, não se esqueça de se autopromover,
sem ser inconveniente, mas com o objetivo claro e definido de mostrar
sua marca ou seu empreendimento a um possível cliente ou fornecedor.
Homens são excelentes em autopromoção, fazem isso o tempo todo. As
mulheres tendem a fazer o contrário: muitas vezes diminuem o seu valor e
mostram dúvidas sobre a sua capacidade. Em vez disso, deveriam mostrar o
quanto o seu negócio pode ser interessante e quais são as suas
competências para uma possível parceria ou ação conjunta.
No livro A arte da guerra para mulheres, Chin-Ning Chu diz:
“Intuitivamente, as mulheres sempre utilizaram algumas das estratégias
da arte chinesa da guerra ao negociar com maridos, namorados, filhos,
patrões, amigos e clientes. Nós não sabíamos que éramos estrategistas
disfarçadas”.
Na hora de fazer networking, temos que ser estratégicas. Não adianta
apenas tirar o cartão de sua empresa da bolsa e sair distribuindo.
Lembre-se de que a lista de contatos deve ser interessante e ativa, pois
o networking é uma relação “ganha-ganha”. Com ele, tenho ganhado não só
parceiros profissionais, como também grandes amigos.
E você? Já entregou seu cartão de visitas a alguém hoje?
Abreijos de bom networking!
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