Pesquisar este blog

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Projeto Lavoisier Popular para pessoas que não possuem plano de saúde, podem ser realizados todos os exames a preços populares, conforme exemplos abaixo.

 
Parabéns aos Laboratórios Lavoisier pela Iniciativa!
Divulguem!
Mesmo que você não precise, repasse aos seus contatos, alguém pode estar precisando !
Para quem não tem plano de saúde ESPECIALMENTE..!! Parabéns ao GRUPO LAVOISIER....!!
Repassem, pois muita gente depende do SUS para seus exames, demorando meses para o atendimento...

COMUNICADO IMPORTANTE PARA AS PESSOAS QUE NÃO POSSUEM PLANOS DE SAÚDE.
O Lavoisier Popular é um programa criado pela Diagnósticos da América para facilitar o acesso de todas as pessoas ao que existe de mais moderno em medicina diagnóstica. Agora, você pode fazer todos os exames que seu médico solicitar, na unidade Lavoisier Popular mais perto de você, com os preços utilizados para os convênios conforme CBHPM - tabela AMB Basta apresentar o pedido médico, que não precisa ser de médico do SUS ou da Prefeitura.
Qualquer dúvida, acesse www.lavoisier.com.br

Melhor Custo / Benefício Alguns exemplos de preços do Lavoisier Popular:
- Hemograma Completo: R$ 8,00
- Glicemia: R$ 4,00
- Colesterol Total + Frações: R$ 35,00
- Urina Tipo I: R$ 9,00
- Parasitologia: R$ 11,00
- Te ste de Gravidez - Beta HCG: R$ 25,00
- TSH: R$ 28,00
- Raio X (1 ou 2 incidências): R$ 30,00
- Ultrassom Ginecológico: R$ 29,50
- Ultrassom Obstétrico: R$ 38,00
- Papanicolau: R$ 17,00
Você que mora próximo as Unidades Lavoisier relacionadas abaixo (Aqui no ABC tem uma Unidade no Shop. ABC Av. Pereira Barreto, 42  (11) 4427 6911  (11) 4427 6911 / 4427 7741) e não possui convênio médico, já pode ter a garantia de suprir as necessidades de saúde de sua família, fazendo exames por um preço acessível, sem longos prazos de espera; além de contar com a reconhecida qualidade de nossos serviços..Para maiores informações ligue para a unidade mais próxima da sua residência

Unidades Lavoisier Popular
Angélica II
Av. Angélica, 2229
 (11) 3017 8233  (11) 3017 8233
Cambuci
Av. Lins de Vasconcelos, 169
 (11) 3207 2724  (11) 3207 2724
Carrão
Av. Conselheiro Ca rrão, 1865
 (11) 6197 0355  (11) 6197 0355 / 6197 7684
Carrefour Itaquera
Av. Nova Jacu Pêssego, 1200
 (11) 6523 3033  (11) 6523 3033
Guarulhos I
R. Presidente Prudente, 30
 (11) 6408 2265  (11) 6408 2265
Guarulhos II
Av. Salgado Filho, 1214
 (11) 6442 7375  (11) 6442 7375
Ipiranga
R. Labatut, 523
 (11) 6165 4300  (11) 6165 4300
Itaim Paulista
R. Barena, 663
 (11) 6571 7884  (11) 6571 7884
Itapecerica da Serra
Estrada de Itapecerica, 2497
 (11) 5513-7465  (11) 5513-7465 / 5513-7432
Jabaquara
R. Das Perobas, 485
 (11) 5011 9477  (11) 5011 9477
João Dias
R. São José, 29
 (11) 5522 6821  (11) 5522 6821 / 5522 2347
Nova Mooca
Av. Paes de Barros, 1220
 (11) 6605 9077  (11) 6605 9077
Osasco
Pça. Padroeira do Brasil, 211
 (11) 3654 0052  (11) 3654 0052
Penha
R. Ca quito, 143
 (11) 6641 5255  (11) 6641 5255
Santos
R. Ale xandre Herculano, 101
 (13) 3221 7968  (13) 3221 7968
S. Ca etano do Sul
Av. Goiás, 1699
 (11) 4224 4898  (11) 4224 4898
São Mateus
Av. Mateo Bei, 2076
 (11) 6113 2535  (11) 6113 2535
Socorro
Av. De Pinedo, 85
 (11) 5686 6382  (11) 5686 6382 / 5681 3980
Shop. ABC
Av. Pereira Barreto, 42
 (11) 4427 6911  (11) 4427 6911 / 4427 7741
Shop. Aricanduva
Av. Aricanduva, 5555
Shop. Interlar
 (11) 6725 2177  (11) 6725 2177
Shop. Center Norte
Trav. Ca salbuono, 120 - Estac., Loja 1
 (11) 6251-1477  (11) 6251-1477
Shop. Metrô Tatu apé
R. Domingos Agostin, 91 - G2
 (11) 6192 9257  (11) 6192 9257
Shop. Taboão
Rod. Régis Bittencourt, km. 271,5
Centro Médico
 (11) 4701 0912  (11) 4701 0912 / 4786 1237
Tatuapé II
R. Euclides Pacheco, 424
 (11) 6194 2403  (11) 6194 2403
Tucuruvi
Av. Mazzei, 258
 (11) 6261 4569  (11) 6261 4569 / 6261 4807
Vila Maria
Av. Guilherme Cotching, 1580
 (11) 6636 4457  (11) 6636 4457
Vila Prudente
R. Do Orfanato, 33
 (11) 6161 7323  (11) 6161 7323



quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Se Toque contra o Câncer de Mama

O governo JK nas páginas da Manchete

A revista Manchete ajudou a criar a fama dos anos JK como "anos dourados" e a tornar o presidente uma figura popular. "Brasília e Manchete cresceram juntas", disse seu criador, Adolfo Bloch. Fundada em abril de 1952, a revista valorizava o aspecto visual, o colorido, a paginação. Nela JK era apresentado como homem simples, do povo, que transmitia confiança nos destinos do país. Essa confiança se fazia presente de forma concreta, já que JK era mostrado como um homem de ação, empreendedor e inovador.






A revista inovou em suas fotorreportagens, mostrando imagens de impacto geradas pelo governo JK: estradas, usinas hidroelétricas, fábricas e, principalmente, Brasília. Em 1959, uma reportagem de Murilo Melo Filho fazia a avaliação dos três anos do governo JK e falava do presidente como um "plantador de cidade". Murilo Melo Filho e o fotógrafo Jáder Neves passaram a visitar Brasília toda semana para acompanhar o andamento das obras.






Manchete dedicou muitos números à "odisséia do Planalto", além de um número especial por ocasião da inauguração de Brasília. Essa edição histórica, de 21 de abril de 1960, teve tiragem de 760 mil exemplares que se esgotaram em 48 horas. Uma de suas manchetes dizia: "Começa aqui a nova História do Brasil: JK recebe as chaves da capital". Nessa edição, fartamente ilustrada, aparece a imagem do sino que anunciou a morte de Tiradentes e que também proclamou a inauguração de Brasília. A revista relacionava a primeira missa rezada em Brasília, por ocasião da inauguração de uma capela em 1957, com a Primeira Missa do Brasil em 1500. Foi no sermão dessa missa de 1957 que D. Carmelo Mota, cardeal arcebispo de São Paulo, fez referência a uma profecia de D. João Bosco, que em sonho teria visto a nova capital do país no Planalto Central. Finalmente, a relação entre o plano piloto da cidade e o sinal da cruz era realçada pela menção à explicação de Lúcio Costa: "O plano piloto de Brasília nasceu do gesto primário de quem assinala um lugar ou dele toma posse: dois eixos cruzando-se em ângulo reto, ou seja, o próprio sinal da Cruz."






O número especial valorizava o caráter moderno dos principais edifícios construídos: o Palácio da Alvorada, o Brasília Palace Hotel, o Supremo Tribunal Federal, o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e 11 edifícios ministeriais. As reportagens mostravam a grande festa da inauguração, com missa, cerimônia no Congresso, desfile de candangos e baile, tudo com a presença de autoridades dos três poderes, representantes de países estrangeiros, funcionários, candangos e 30 índios carajás vindos da ilha do Bananal para participar do acontecimento. A frase de JK, em discurso de 2 de outubro de 1956, era relembrada com destaque: "Deste Planalto Central, desta solidão que em breve se transformará em cérebro das altas decisões nacionais, lanço os olhos mais uma vez sobre o amanhã do meu país e antevejo esta Alvorada com fé inquebrantável e uma confiança sem limites no seu grande destino."





Arquitetura

Brasília, cidade inaugurada em 1960 e tombada em 1987 pela Unesco como patrimônio da humanidade, é um ícone da arquitetura moderna no Brasil. Lúcio Costa, com seu plano piloto, e Oscar Niemeyer, com seus monumentais prédios públicos, foram seus "pais fundadores" e ganharam, com a construção da cidade, consagração internacional.


A moderna arquitetura brasileira já tinha construído o edifício-sede do Ministério da Educação e Saúde no Rio de Janeiro, considerado seu marco inaugural. O prédio recebeu reconhecimento internacional antes mesmo de sua inauguração em 1945, já que teria sido nele que, pela primeira vez, a doutrina e as soluções preconizadas por Le Corbusier tomaram corpo em sua feição monumental. Nele estavam presentes os "cinco pontos da arquitetura nova" propostos por Le Corbusier em 1926 - volume construído em pilotis, planta livre com estrutura independente, fachada livre, janelas dispostas na horizontal e terraço-jardim -, que constituíam os grandes parâmetros da chamada arquitetura moderna.


Lúcio Costa foi o principal responsável pelo projeto do Ministério da Educação e o chefe de uma equipe que contou com os arquitetos Carlos Leão, Jorge Machado Moreira e Affonso Eduardo Reidy, à qual se juntaram Oscar Niemeyer e Ernani Vasconcelos. Igualmente relevantes no processo de consagração da moderna arquitetura brasileira foram o Pavilhão do Brasil na Feira Mundial de Nova York em 1939, de Lúcio Costa e Oscar Niemeyer, e a exposição e o livro Brazil Builds, de 1943, que mostraram para os Estados Unidos e para o mundo a qualidade da arquitetura que então se fazia no país. A corrente moderna na arquitetura recebeu a chancela oficial, já que suas mais significativas expressões vieram por encomenda estatal: basta lembrar, além dos projetos citados, o da Pampulha, em Belo Horizonte, e coroando todos, o de Brasília.


Ao mesmo tempo que estava antenada com movimentos de vanguarda internacionais, a arquitetura moderna brasileira buscava apoio em referências do passado colonial, como o barroco mineiro. Os arquitetos modernos não apenas foram os principais autores de vários monumentos do Estado brasileiro, como influíram sobre o Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Sphan), que definia o que devia ser considerado "monumento nacional" e, portanto, ser preservado. Criado por decreto presidencial em 30 de novembro de 1937, o Sphan foi, em sua origem, subordinado ao Ministério da Educação. Rodrigo Melo Franco de Andrade foi convidado por Gustavo Capanema para dirigi-lo e manteve, de 1937 até 1967, seu cargo de diretor do Patrimônio. O órgão veio a ser posteriormente Departamento, Instituto, Secretaria e, de novo, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), como se chama atualmente.


Foi no espaço do Sphan que se deu a conexão entre os arquitetos modernos e os intelectuais mineiros. Foi Rodrigo Melo Franco de Andrade quem indicou Oscar Niemeyer a Juscelino Kubitschek quando este era prefeito de Belo Horizonte e quis projetar o novo bairro da Pampulha. Lúcio Costa, por sua vez, esteve à frente da Divisão de Estudos de Tombamento do Sphan de 1937 até se aposentar, em 1972. Enquanto projetava Brasília, a "cidade do futuro", o arquiteto e urbanista dava pareceres e definia o que devia ser integrado ao patrimônio nacional, ou seja, o que merecia representar simbolicamente a identidade e a memória da nação.





Sociedade e cultura nos anos 1950

O fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, alterou significativamente o cenário internacional, com a divisão do mundo em dois blocos político-militares liderados pelas duas superpotências emergentes: EUA e URSS. O esforço de ampliação da área de influência econômica, política e ideológica dos EUA implicou o estímulo à penetração da cultura norte-americana não só em países latino-americanos como o Brasil - na verdade, esse processo já se iniciara aqui desde os tempos da guerra, com o alinhamento do Brasil aos EUA -, mas também na Europa. Reforçado pela prosperidade econômica norte-americana no pós-guerra, difundia-se em todo o mundo ocidental um espírito de otimismo e de esperança, um novo modo de viver propiciado pela produção em massa de bens manufaturados de uso pessoal e doméstico.


No Brasil, essas transformações foram se consolidando ao longo da década de 1950, e alteraram o consumo e o comportamento de parte da população que habitava os grandes centros urbanos. A paisagem urbana também se modernizava, com a construção de edifícios e casas de formas mais livres, mais funcionais e menos adornadas, acompanhadas por uma decoração de interiores mais despojada, segundo os princípios da arquitetura e do mobiliário moderno. Através da propaganda veiculada pela imprensa escrita, é possível avaliar a mudança nos hábitos de uma sociedade em processo de modernização: produtos fabricados com materiais plásticos e/ou fibras sintéticas tornavam-se mais práticos e mais acessíveis. Consolidava-se a chamada sociedade urbano-industrial, sustentada por uma política desenvolvimentista que se aprofundaria ao longo da década, e com ela um novo estilo de vida, difundido pelas revistas, pelo cinema - sobretudo norte-americano - e pela televisão, introduzida no país em 1950.


A consolidação da chamada sociedade de massa no Brasil trouxe consigo a expansão dos meios de comunicação, tanto no que se refere ao lazer quanto à informação, muito embora seu raio de ação ainda fosse local. O rádio cresceu no início dos anos 50, quando houve um aumento da publicidade. As populares radionovelas, por exemplo, tinham como complemento propagandas de produtos de limpeza e toalete. Na televisão, a publicidade não se limitava a vender produtos, e as próprias empresas eram produtoras dos programas que patrocinavam. Houve um aumento da tiragem dos jornais e revistas, e popularizaram-se as fotonovelas, lançadas no início da década. O cinema e o teatro também participaram desse processo, tanto do lado das produções de caráter popular quanto das produções mais sofisticadas. No caso do cinema, as populares chanchadas, comédias musicais produzidas pela Atlântida, empresa criada nos anos 40, tiveram seu auge nos anos 50, e seus atores foram consagrados pelo público. O teatro de revista, que também misturava humor e música, fazia bastante sucesso. Apesar de originárias da década de 1940, as experiências tanto de um cinema industrial, como foi o caso daquele produzido pela Vera Cruz, quanto de um teatro menos popular, como o do Teatro Brasileiro de Comédia, ainda perduraram ao longo dos anos 50.


Se o otimismo e a esperança implicaram profundas alterações na vida da população em todo o mundo, permitindo, não a todos, mas a uma parcela - os setores médios dos centros urbanos -, consumir novos e mais produtos, por outro lado, a vontade do novo trazia embutido, em várias áreas da cultura, o desejo de transformar a realidade de um país subdesenvolvido, de retirá-lo do atraso, de construir uma nação realmente independente.


O entusiasmo pela possibilidade de construir algo novo implicou o surgimento e/ou o impulso a vários movimentos no campo artístico. Eram novas formas de pensar e fazer o cinema, o teatro, a música, a literatura e a arte que se aprofundavam, como revisão do que fora feito até então. Em alguns casos, consolidou-se um movimento que já se iniciara em décadas passadas. Mas outros movimentos nasceram exatamente naquele momento e se tornaram marcos e/ou referências de renovações estéticas que viriam a se firmar mais plenamente depois. Guardando suas especificidades, e em graus diferenciados, tanto o cinema, quanto o teatro, a música, a poesia e a arte, movidos pela crença na construção de uma nova sociedade - fosse ela industrial, fosse ela centrada na valorização do elemento nacional e popular - abraçavam expressões artísticas e estéticas inovadoras que vinham sendo praticadas não só em outras partes do mundo, mas também no próprio país. Essa foi, em linhas gerais, a marca do processo de renovação estética em curso ao longo da década de 1950. Por outro lado, o vigor do movimento cultural encontrava eco junto a setores das camadas médias urbanas em franca expansão, sobretudo universitárias, sintonizadas com o espírito nacionalista da época, e com a crença nas possibilidades de desenvolvimento do país.


A identificação dos chamados "anos dourados" com o espírito otimista que consagrou o governo Kubitschek acabou, assim, por englobar todo um conjunto de mudanças sociais e manifestações artísticas e culturais que ocorreram dentro de um debate mais geral sobre a reconstrução nacional, em curso desde o início dos anos 50 até os primeiros anos da década seguinte.











A conquista do oeste

Construir uma cidade como Brasília no meio do nada pode ser considerado uma continuação da política de Vargas. Vejamos como. O governo Vargas, principalmente durante o Estado Novo (1937-1945), pretendeu construir um Estado capaz de criar uma nova sociedade e de produzir um sentimento de nacionalidade para o Brasil. Uma dimensão-chave desse projeto era a geopolítica, que tinha no território seu foco principal. Não por acaso foram criadas então instituições encarregadas de fornecer dados confiáveis para a ação do governo, como o Conselho Nacional de Geografia, o Conselho Nacional de Cartografia, o Conselho Nacional de Estatística e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), este de 1938. Essas agências ajudariam o Estado a formular e implementar suas políticas destinadas a vencer os "vazios" territoriais e a pouca interação da rede urbana.


A noção de "vazio" territorial atualizava o conceito de "sertão", entendido como um espaço abandonado que desde as denúncias de Euclides da Cunha vinha preocupando as elites brasileiras interessadas em construir uma nação. Por outro lado, as áreas ocupadas do Brasil eram vistas como um arquipélago, onde cidades ou regiões pouco tinham a ver entre si. A criação 1937 do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER) indica sem dúvida a importância das estradas como instrumento de comunicação entre as regiões e as cidades.


Foi assim também que, em 1940, Vargas lançou a chamada "Marcha para o Oeste", como uma diretriz de integração territorial para o país. E o fez durante os festejos de inauguração da cidade de Goiânia. Essa cidade, obra do interventor Pedro Ludovico Teixeira, foi projetada pelo arquiteto Attílio Corrêa Lima, o mesmo arquiteto que estaria envolvido com a construção da cidade industrial de Volta Redonda, outro projeto estratégico do governo Vargas. Volta Redonda condensava a promessa de progresso que o governo Vargas apresentava, de um Brasil urbano, industrial, moderno e com alto padrão de vida.


A Marcha para o Oeste retomava nossas antigas tradições coloniais e valorizava principalmente a figura do bandeirante, considerado o grande herói nacional, já que fora ele o responsável pela efetiva conquista do território nacional. Com tal iniciativa, segundo o discurso de Vargas, o Brasil estaria reatando a campanha dos construtores da nacionalidade, ou seja, os antigos sertanistas.


A ação política concreta do Estado Novo se fez sentir com a criação dos territórios federais em 1943: Amapá, Rio Branco (atual Roraima), Guaporé (atual Rondônia), Iguaçu e Ponta Porã. O governo federal atuou também na região de colonização do norte do Paraná, o que deu origem a uma série de novas cidades como Londrina, Maringá, Cianorte, Umuarama.


No início dos anos 40, os poderes públicos federal, estadual e municipal – estávamos na ditadura, e estados e prefeituras eram controlados por interventores - estiveram envolvidos com projetos de reformulação das cidades antigas, de elaboração de planos diretores, de abertura de grande avenidas. Os prefeitos interventores participaram ativamente desse processo, como aconteceu no Rio de Janeiro, com Henrique Dodsworth, em São Paulo, com Prestes Maia, e em Belo Horizonte, com Juscelino Kubitschek. Curitiba, Porto Alegre e Recife também foram objeto de remodelação e receberam grandes obras viárias.


As linhas mestras da "política territorial" - políticas de povoamento, regulando o deslocamento populacional, de transporte e de comunicação - do governo Vargas seriam retomadas por JK. Como prefeito, governador e presidente, JK também investiu em políticas de transporte e comunicação e realizou, por fim, o sonho de completar os vazios do território e preencher as lacunas da nacionalidade. A construção de Brasília pode ser entendida como uma nova "Marcha para o Oeste", já que deslocou populações (os chamados "candangos", principalmente migrantes nordestinos) para os sertões e possibilitou que os equipamentos da vida urbana chegassem a uma região que os desconhecia. Mais que isso, levou o poder central para o interior e serviu para iniciar um processo de deslocamento da modernização brasileira do Centro-Sul para o Centro-Oeste.


A imagem dos candangos como modernos pioneiros que retomam o trabalho dos velhos bandeirantes aparece em texto de Tom Jobim que acompanha o disco, lançado em 1961, com a gravação da Sinfonia da Alvorada, obra encomendada a ele e a Vinícius de Moraes para celebrar a construção de Brasília.





Belo Horizonte nos tempos de JK



Belo Horizonte foi construída entre 1894 e 1897 para ser a nova capital de Minas Gerais e o símbolo da civilização e do progresso que a República desejava implantar no país. A cidade deveria ser cosmopolita e racional e contrastar com a antiga capital, Ouro Preto, expressão do passado colonial, imperial, rural e arcaico. Desenhada na prancheta de seus planejadores, entre eles Aarão Reis, foi construída em quatro anos e era apresentada como a prova de que era possível dar um salto no tempo.


Em seus primeiros anos, Belo Horizonte recebeu avaliações diversas. Para uns, era moderna e civilizada. Para outros, pacata e provinciana. Durante seus primeiros 50 anos foi uma cidade de funcionários públicos, habitada basicamente por forasteiros, já que poucos ali tinham nascido.


No início dos anos 1940, Belo Horizonte se esforçava para deixar para trás sua imagem de cidade de funcionários e assumir uma posição de destaque como pólo industrial. No próprio ano de 1940 o médico Juscelino Kubitschek foi nomeado prefeito pelo interventor Benedito Valadares e logo passou a agir sobre as "doenças" da cidade: suas primeiras obras consistiram em renovar a pavimentação da zona central, asfaltar a avenida Afonso Pena e tornar realidade a avenida do Contorno. Com 12 quilômetros, pouco tempo depois a nova avenida seria inaugurada pelo presidente Getúlio Vargas.


JK passou para a história da cidade como o "prefeito-furacão", pela quantidade e rapidez das obras que realizou. Havia em Belo Horizonte uma barragem, resultante do represamento de diversos córregos, iniciada na gestão anterior de Otacílio Negrão de Lima para de resolver os problemas de fornecimento de água para a cidade. Juscelino olhou para o empreendimento sob nova perspectiva e vislumbrou o potencial turístico e de lazer que o projeto poderia conter. Convocou o arquiteto Oscar Niemeyer e começou a aventura que marcaria não só sua passagem pela prefeitura de Belo Horizonte como, mais tarde, a construção de Brasília. A novidade chamava-se Pampulha.


O conjunto da Pampulha, idealizado por Juscelino e projetado por Niemeyer, incluía o Iate Clube, o Cassino, a Casa do Baile e a Capela de São Francisco de Assis. O cassino serviria para colocar Belo Horizonte no circuito das estâncias hidrominerais de Minas Gerais, que faziam grande sucesso. Na verdade, foi fechado no governo Dutra para só reabrir em 1957, quando se tornou Museu de Arte. A capela foi a primeira igreja moderna do Brasil. A Oscar Niemeyer juntaram-se o pintor Santa Rosa, que desenvolveu o projeto de decoração interna dos edifícios, o paisagista Burle Marx, que planejou os jardins, e Portinari, que realizou os quadros da Via Sacra da capela, desenhou os azulejos da parte posterior e o mural ao fundo do altar. A ousadia de Niemeyer em renovar um espaço religioso tradicional causou enorme estranhamento na população e reações negativas na Igreja Católica. Basta lembrar que as autoridades eclesiásticas se recusaram a consagrar a igreja da Pampulha. Os jornais da época criticaram a arquitetura da capela, dizendo que a arte e a arquitetura modernas eram inadequados para a construção e a decoração de igrejas.


A gestão de JK na prefeitura de Belo Horizonte envolveu também um programa de ação cultural. O Instituto de Belas Artes, implantado em 1943, incorporou uma Escola de Arquitetura que funcionava desde 1930. Nela iria ensinar desenho e pintura Alberto da Veiga Guignard, também trazido a Belo Horizonte por Juscelino. Desse núcleo surgiria uma geração de artistas plásticos que se tornou famosa e que incluiu Mary Vieira, Leda Gontijo e Amílcar de Castro. Em maio de 1944 foi realizada em Belo Horizonte uma famosa exposição de arte moderna que reuniu os mais importantes artistas brasileiros e colocou a cidade no circuito nacional de artes plásticas, junto com o Rio e São Paulo.


Quando Getúlio Vargas foi deposto, em 1945, JK deixou a prefeitura e foi representar Minas na Constituinte e na Câmara dos Deputados. Eleito em 1950, no ano seguinte assumiu o governo do estado. O binômio "energia e transporte" resumia suas preocupações e seus projetos. JK convidou novamente Oscar Niemeyer a colaborar em projetos variados: o Colégio Estadual de Minas Gerais (1954), a Biblioteca Pública (só terminada mais tarde), o Edifício Niemeyer (1955), o Banco Mineiro da Produção, hoje Banco do Estado de Minas Gerais (Bemge), a Escola Técnica da Gameleira. Dos anos 50 é também o hotel moderno construído em Diamantina, obra arquitetônica admirada ou criticada pelos visitantes de hoje.


A arquitetura moderna introduzida em Belo Horizonte com o conjunto da Pampulha continua presente na cidade em diferentes projetos públicos e residenciais, como no Aeroporto da Pampulha, inaugurado em 1954. O Conjunto JK, um dos prédios mais significativos da utopia moderna em Belo Horizonte, com dois blocos, um de 23 andares e o outro de 36, com entre 40 e 70 unidades de moradia por andar, só ficou pronto, entretanto, nos anos 70.


A sagração da capela de São Francisco de Assis na Pampulha só aconteceu 17 anos depois de sua construção, em 1959, quando JK já era presidente da República. O reconhecimento foi visto por muitos como uma espécie de rendição das facções mais conservadoras da cidade, que, entretanto, voltariam ao poder em 1964.





Sonho antigo

Mudar a capital era sonho antigo na história do Brasil. O Rio de Janeiro, cidade que se tornou capital da Colônia em 1763 e que recebeu a Corte portuguesa em 1808, apresentava inúmeros problemas. Além de ser vulnerável às invasões estrangeiras, tinha no clima tropical, que favorecia as epidemias, um grave obstáculo. Já na República, a cidade foi palco de inúmeras revoltas e era considerada o espaço da desordem. Tudo isso favorecia o sonho de uma capital no interior.


Entre os estudos mais antigos sobre a transferência da capital figuram as discussões de Francisco Adolfo Varnhagen, historiador e diplomata, que em 1877 publicou o trabalho "A questão da capital: marítima ou interior?". A mudança para o interior foi prevista já na primeira Constituição republicana, em 1891. Entre 1892 e 1896, uma famosa comissão dirigida por Luís Cruls, diretor do Observatório Astronômico, foi incumbida de demarcar no Planalto Central o quadrilátero a ser ocupado pela nova capital. Ainda no apagar do século XIX, políticos e engenheiros planejaram a nova capital de Minas Gerais, Belo Horizonte, para ser a cidade dos seus sonhos, assim como, nos anos 1950, políticos e arquitetos fariam com Brasília. As duas cidades nasceram, cada uma a seu tempo, para ser modernas e realizar a integração dos "sertões", ou seja, interiorizar o país.


Mantida a menção a uma futura mudança na Constituição de 1934, também se discutiu o assunto na Constituinte de 1946, e houve até um projeto de transferência da capital para o Triângulo Mineiro. Em 1946 e 1953 novas comissões de localização foram nomeadas, e a última, no governo Café Filho, passou a ter em sua presidência o marechal José Pessoa, responsável pelo Serviço de Documentação Aerofotográfica do Exército. Foi essa comissão que, contando entre outros com o arquiteto e urbanista Affonso Eduardo Reidy, escolheu o local onde deveria ser instalada a nova capital. Assim, não se pode falar propriamente em improviso quando JK decidiu construir Brasília.


Para confirmar a existência de estudos anteriores, basta citar o da engenheira Carmen Portinho, que em 1938 apresentou tese para a conclusão do curso de pós-graduação em urbanismo na Universidade do Distrito Federal com o título "Anteprojeto para a futura capital do Brasil no Planalto Central". Esse projeto foi publicado na revista da Prefeitura do Distrito Federal, importante periódico dedicado à divulgação da arquitetura e do urbanismo moderno entre nós. Carmen Portinho pode ser considerada uma precursora por ter realizado, ainda que para fins acadêmicos, o projeto de construção uma cidade inteiramente moderna para capital do país. O projeto de Lúcio Costa significou o coroamento dessa longa história.







A construção de Brasília

Em 19 de setembro de 1956 foi sancionada a Lei no 2.874, que criou a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap). Para presidi-la foi nomeado Israel Pinheiro, engenheiro formado na Escola de Minas de Ouro Preto, político mineiro, filho do ex-presidente de Minas João Pinheiro e amigo de JK. Segundo Otto Lara Resende, Brasília foi produto de uma conjugação de quatro loucuras: a de Juscelino, a de Israel Pinheiro, a de Oscar Niemeyer e a de Lúcio Costa. Israel Pinheiro foi figura fundamental na construção da nova capital, mas não se deve esquecer o papel de Bernardo Saião e Ernesto Silva, também diretores da Novacap e destemidos tocadores de obras, como gostava JK.

O edital do concurso para a escolha do projeto urbanístico de Brasília foi marcado para março de 1957. O arquiteto e urbanista Affonso Eduardo Reidy, por exemplo, discordou dos termos do edital e não participou do concurso. Concorreram 26 projetos, dos quais 16 foram eliminados na seleção prévia. Entre os que ficaram estavam o de Lúcio Costa, o de Nei Rocha e Silva, e de Henrique Mindlin, o de Paulo Camargo, o de MMM Roberto e o da firma Construtec.


O projeto aprovado, de autoria de Lúcio Costa, dividiu a opinião dos arquitetos. Para uns, não passava de um esboço, um rabisco, e sua inscrição não deveria ter sido sequer aceita. Para outros, era simplesmente brilhante, genial. O representante do Instituto de Arquitetos do Brasil, por exemplo, abandonou o júri por divergir do resultado, já que a proposta de Lúcio Costa era apenas um rascunho. Os concorrentes derrotados não se conformaram e criaram uma polêmica que repercutiu na imprensa da época


Brasília foi construída em três anos - pelo menos seus principais prédios foram concluídos nesse prazo. Em 1958, o palácio da Alvorada tinha sua fachada mostrada na revista Manchete. JK sabia que, se a sede do governo não estivesse pronta na data prevista para sua inauguração, o projeto seria abandonado.


Instalado no Catetinho (referência ao palácio do Catete, sede do governo federal no Rio de Janeiro), JK comandava a realização do sonho dos urbanistas e arquitetos modernos, que, imbuídos da idéia de planejamento, definiam os espaços para moradia, trabalho e lazer. Pretendiam todos liquidar o passado e realizar um ideal de igualitarismo promovido pelo Estado.


À medida que a cidade ia sendo erguida, já se cuidava da construção de sua memória. O governo publicou 11 livros – a Coleção Brasília – que constituem a mais importante fonte documental para a história dos antecedentes da nova capital. Publicou também a Revista Brasília, que circulou entre janeiro de 1957 e abril de 1960, e acompanhou o dia-a-dia da construção.


Desde sua inauguração, em 21 de abril de 1960, Brasília vem sendo estudada e monitorada por geógrafos, urbanistas, arquitetos, sociólogos. Há estudos sobre a primeira geração de moradores, sobre as falhas da cidade que não permitiram o convívio social dos habitantes, sobre as traições ao plano original. Brasília já foi chamada de "cidade sem gente", "cidade sem esquina", "cidade de burocratas", "ilha da fantasia"...


Lúcio Costa declarava à revista Manchete em 1974: "Digam o que quiserem, Brasília é um milagre. Quando lá fui pela primeira vez, aquilo tudo era deserto a perder de vista. Havia apenas uma trilha vermelha e reta descendo do alto do cruzeiro até o Alvorada, que começava a aflorar das fundações, perdido na distância. Apenas o cerrado, o céu imenso, e uma idéia saída da minha cabeça O céu continua, mas a idéia brotou do chão como por encanto e a cidade agora se espraia e adensa."


Em 1988, dizia o urbanista a O Estado de S. Paulo: "O que ocorre em Brasília e fere nossa sensibilidade é essa coisa sem remédio, porque é o próprio Brasil. É a coexistência, lado a lado, da arquitetura e da antiarquitetura, que se alastra; da inteligência e da antiinteligência, que não pára; é o apuro parede-meia com a vulgaridade, o desenvolvimento atolado no subdesenvolvimento; são as facilidades e o relativo bem-estar de uma parte, e as dificuldades e o crônico mal estar da parte maior. Se em Brasília esse contraste avulta é porque o primeiro élan visou além – algo maior. Brasília é, portanto, uma síntese do Brasil, com seus aspectos positivos e negativos, mas é também testemunho de nossa força viva latente. Do ponto de vista do tesoureiro, do ministro da Fazenda, a construção da cidade pode ter sido mesmo insensatez, mas do ponto de vista do estadista, foi um gesto de lúcida coragem e confiança no Brasil definitivo."





Brasília, a meta-síntese

O Brasil era apresentado, nos anos 1950, como um país diante de uma encruzilhada histórica. De um lado, estava o mundo rural, que representava o passado. De outro, a atividade industrial, que apontava para o futuro. O passado era visto como imobilismo e atraso, e para vencer esse peso, a industrialização era o único caminho. A criação do novo, do moderno, fundaria um processo de mudança na sociedade brasileira capaz de fazer o país deixar de ser subdesenvolvido. A suposição de que as forças do novo seriam vencedoras fazia parte da cultura que tomava corpo naqueles anos. Não por acaso os movimentos culturais mais relevantes da década estavam atrelados às idéias de moderno e de novo: arquitetura moderna, bossa nova, cinema novo.






Na segunda metade da década, depois do trauma do suicídio de Vargas, o país assistiu à posse do governo JK e acompanhou, entre incrédulo e assustado, a construção de uma nova capital federal. Como explicar que a meta-síntese do governo JK tenha sido Brasília, se ela sequer existia originalmente no Plano de Metas? O programa cobria ao todo 30 metas, e Brasília só entrou no final, como um acréscimo, passando a ser a meta número 31. Foi ao longo do governo que ela assumiu a função de condensar o programa de JK e de simbolizar a idéia de que era possível dar um salto no tempo, realizar "50 anos em 5"...






É comum recorrer, para explicar a construção de Brasília, a duas interpretações. Uma é a de que a mudança da capital já estava prevista desde a Constituição republicana de 1891, e a outra, a de que a mudança foi obra do "acaso", como disse o próprio JK. Em suas memórias, Juscelino relata que um eleitor, num comício de campanha na cidade de Jataí (GO), indagou se ele iria, de fato, cumprir a Constituição. Nesse episódio o candidato foi levado a se comprometer com a transferência da capital, já que se tratava de um dispositivo constitucional. Podem ser corretas as lembranças, mas as razões são "fracas". Quanta coisa está escrita na Constituição e não é cumprida? Quantas promessas de campanha são esquecidas? Continua sendo necessário explicar por que aquela promessa não foi abandonada e, ao contrário, foi assumindo uma dimensão cada vez maior, a ponto de se tornar a meta-síntese do governo JK. Para fazê-lo, é necessário antes de mais nada voltar aos anos 40, quando JK foi prefeito de Belo Horizonte, e observar como teve início ali a modernização da cidade, com a construção de um novo bairro, a Pampulha. Juscelino ficou conhecido como o "prefeito-furacão" pela quantidade e rapidez das obras que fez durante sua gestão. Foi também em Belo Horizonte que começou sua associação com Oscar Niemeyer, que iria se repetir em Brasília.






A idéia de mudar a capital e construir uma nova cidade já fazia parte do "inconsciente coletivo", devido não só à construção de Belo Horizonte no fim do século XIX (projeto de Aarão Reis), mas também à construção de Goiânia, inaugurada em 1940 (projeto de Attílio Corrêa Lima). Esse ciclo de construção de cidades-capitais se mantém, aliás, até hoje, como se pode notar pela construção de Palmas, capital do novo Estado do Tocantins, inaugurada em 1990. São cidades que podem ser consideradas parte da interiorização do Brasil, da civilização de seus sertões decorrente da conquista do oeste.






A construção de Brasília tem sido cantada em prosa e verso. Para uns, representou a prova do voluntarismo irresponsável de nossas elites. Para outros, foi um momento significativo de um tempo de esperança. O arquiteto Lauro Cavalcanti assim observa: "Tão importante quanto a conquista do mercado estatal na era Vargas foi a adoção do modernismo, na figura de Oscar Niemeyer, por Juscelino Kubistchek que, dos anos 40 a 60, exerceu respectivamente os cargos de prefeito de Belo Horizonte, governador de Minas Gerais e presidente do Brasil. Em termos arquitetônicos, tal trajetória permite o aparecimento de marcos como Pampulha e Brasília. Poucos políticos superpuseram, com tanta intensidade, os objetivos de renovação política e arquitetônica: a construção de uma nova estética simbolizaria a autonomia técnica, a sua gestão e um caminho exemplar para o desenvolvimento posterior do país."






A consagração de Brasília, inaugurada em 21 de abril de 1960, veio em 1987, quando a Unesco elevou a cidade à categoria de "patrimônio da humanidade".





videoteca virtual brasil nunca mais

http://videotecavirtualbnm.blip.tv/