Pesquisar este blog

quarta-feira, 13 de março de 2013


 Geração Y

A geração Y são as pessoas que nasceram na década de 80. Eleas têm no máximo 30 anos e cresceram numa época de forte desenvolvimento tecnológico que mudou a forma das pessoas se comunicarem e trabalharem.
Diferente das gerações anteriores – a chamada geração X e sua antecessora os Baby Boomers – a geração Y tem uma filosofia de vida diferente, valores diferentes e consequentemente um padrão ético diferente.
Para a geração Y trocar de emprego a cada 2 anos é normal. Trabalhar na concorrência! Qual o problema? A geração dos Baby Boomers trabalha em média em duas ou três empresas ao longo de toda a carreira e essa troca constante de empresas, tão normal para os jovens de hoje, é vista com maus olhos pelos mais antigos.
A geração Y é movida por novidades e desafios. É uma geração multifuncional. Falar ao celular ao mesmo tempo em que trabalha no computador e assiste a TV é algo completamente normal. Eles são ágeis e dinâmicos.
A tecnologia cresceu com a geração Y. Quer saber sobre algum assunto? Procura no Google. Tudo é para ontem, eles odeiam lerdeza. Dispensam manual de instrução, aprendem tudo sozinhos, manuais são usados como último recurso apenas, fuçar é “mais legal”.
No mercado de trabalho prezam pela qualidade de vida e ambiente agradável de trabalho. São movidos por desafios e querem ser reconhecidos. Salário é importante, mas não é a principal busca.
Essa geração tem praticado menos esporte, tudo é tecnológico e o sedentarismo reina. Alimentação rápida, tipo fast-food, é sempre bem vinda. Também são menos pacientes e não gostam de ser contrariados. Andam em grupos e muitas vezes cometem crimes em grupos pela falta de tolerância com outros grupos.
Possui uma conscientização ambiental maior, uma preocupação em preservar os recursos naturais de forma a garantir que esses recursos sejam suficientes para as gerações futuras.
Em relação à economia começaram a trabalhar sobre uma moeda estável e inflação sobre controle. A forma de pensar no dinheiro é diferente. Comprar parcelado é o normal. Não são grandes investidores, gastam em tecnologia e costumem pensar os gastos não pelo preço do produto, mas analisando se a parcela cabe dentro do orçamento do mês. Isso é perigoso.
A geração Y exerce uma chefia mais democrática e não se apega as formalidades. Reuniões podem ser feitas com todos sentados ao chão e devem ser rápidas, eles não tem paciência para lenga-lenga.
Informação eles tem, habilidade e atitude também, sendo assim podemos os classificar como competentes. Às vezes são um pouco afoitos e acabam quebrando a cara, mas são talentosos, e mesclando-os com os profissionais das gerações X e Baby Boomers podem trazer grandes benefícios para as organizações em que trabalham.


   Geração X


A geração X é formada pelos adultos que tem entre 30 e 45 anos. Para eles a carreira é importante. Boa empresa é a que oferece plano de carreira, você começa como office-boy e pode chegar a presidente. É possível galgar toda a hierarquia organizacional. Tempo de “casa” é fator decisivo para promoções e aumento de salário.
Essa geração é resistente a mudanças, gostam da estabilidade e da rotina. Veem com certa desconfiança serem chefiados por jovens da Geração Y, custam a acreditar na capacidade deles, acha que lhes falta experiência.
A geração X jogou Enduro no Atari, cantou Legião Urbana, fez curso de datilografia e ouviu que falar inglês era um diferencial no mercado de trabalho.
Viveu sobre forte inflação, onde produtos eram remarcados no supermercado até 3 vezes ao dia.
A geração X gosta de mostrar poder: carro, casão, títulos, tudo isso é poder. Uma sala exclusiva e bem grande na empresa demonstra status.
Essa geração acompanhou as rápidas mudanças tecnológicas e alguns foram atropelados por elas. O mercado de trabalho mudou muito, evoluir foi necessário e muitos não conseguiram ou não quiseram acompanhar essas mudanças.
É uma geração pé no chão, reciosa e desconfiada.
A geração X trabalhou num mercado onde as regras eram claramente definidas e tem alguma dificuldade em entender que as promoções hoje acontecem por competência e não mais por tempo de casa e títulos no currículo.
Diferente da geração Y que deseja fazer parte da conquista e realizações da empresa, a Geração X almeja ganhar dinheiro; não arrisca muito, faz o feijão com arroz, não busca inovação constante e se contenta com a rotina e evolução pouco a pouco da carreira. Para a geração X, trabalho é trabalho. Já para a geração Y, trabalho e diversão muitas vezes é a mesma coisa.
A próxima geração, a que nasceu neste século XXI terá ainda mais valores diferentes. Provavelmente a separação em real e virtual não existirá, afinal eles nasceram sobre forte tecnologia.
Para a geração século XXI a forma de adquirir conhecimento será constante, estarão conectados a todo o momento, o mundo estará na ponta dos dedos.
É complicado ainda falar dessa nova geração, teremos que esperar para ver.

terça-feira, 12 de março de 2013

 Para empreender , viajar é preciso.

Como a maioria das pessoas, gosto muito de viajar. Desde 2000, atuo no mercado de franchising, e ao longo do tempo tive a oportunidade de vivenciar muitas experiências devido ao contato com diferentes culturas e processos de trabalho. Isso me ajudou bastante a obter insights tanto para empreender quanto para gerir os negócios.
Sempre observei que experiências extraordinárias para nossos negócios podem surgir de uma viagem, do networking e do bom aproveitamento desse tempo para a oxigenação da mente com o que há de mais contemporâneo no mundo, com as tendência internacionais.
Pela segunda vez consecutiva, participo de uma delegação de empresários, organizada pela empresa em que trabalho, para visitar a convenção anual da IFA (International Franchise Association). Esse evento – que em 2013 acontece em Las Vegas, nos Estados Unidos – é considerado o maior do mundo no segmento de franchising e representa uma oportunidade singular para analisar o mercado global.
A importância da participação de empresários e líderes do franchising brasileiro em eventos desse porte é proporcional ao vertiginoso desenvolvimento do mercado nacional. Segundo dados da ABF (Associação Brasileira de Franchising), o setor cresceu cerca de 16% em 2012. Para este ano, a expectativa é que o faturamento aumente 15% e que tenhamos 2.400 marcas de franquias.
Antes mesmo de fazer parte da delegação, eu já participava da convenção, justamente com o intuito de promover novas parcerias, trocar conhecimento e trazer ideias para o mercado brasileiro. Sempre senti vontade de proporcionar aos empresários do meu país a possibilidade de demonstrar a força do mercado nacional no exterior, de levantar a bandeira brasileira lá fora. Por isso, incentivei a criação dessa delegação.
Para empreender, é preciso ter vontade de realizar e coragem para sair da sua zona conforto. Quem quer empreender precisa vivenciar acontecimentos reais, ter contato com o ambiente corporativo de uma maneira que agregue algo não só para o seu negócio, mas também para o seu segmento de atuação e pra si mesmo. Nada melhor do que buscar tudo isso em lugares diferentes, viajando e se inspirando com novas ideias.
 Pequena empresa postura grande.

O início de um empreendimento sempre remete à ideia de uma equipe de trabalho pequena – ou, em alguns casos, uma ‘equipe’ formada por uma pessoa só. Por este motivo, muitos de nós nos consideramos verdadeiros ‘faz-tudo’. E, de fato, somos. Conheço essa situação muito bem, já que, em meus dois empreendimentos, minha equipe é bem enxuta, mas nem por isso menos comprometida e competente. Todos buscam dar o melhor de si para o sucesso do negócio.
No meu caso, a estratégia para lidar com essas equipes foi separar os departamentos e atribuições, organizar um cronograma de ações e um organograma funcional. Sim, mesmo com uma equipe pequena, em que um único colaborador é responsável por muitas funções, é fundamental termos um organograma. Dessa maneira, trabalhamos sabedores do que cada um faz e nos habilitamos, ainda que algumas vezes intuitivamente, para auxiliar no crescimento da empresa.
Outra estratégia implementada foi focar nos processos e olhar para meus empreendimentos, mesmo que ainda pequenos, como grandes. De que maneira? Dando atenção para todas as etapas produtivas, priorizando o planejamento estratégico e o monitoramento, reduzindo o desperdício de custos e de tempo na execução das ações.
Uma das táticas mais importantes foi estabelecer uma comunicação transparente e eficaz com a equipe. Acredito que, enquanto a empresa ainda é pequena e conta com uma equipe enxuta, devemos aproveitar para exercitar as aprendizagens adquiridas. Dessa maneira, teremos uma comunicação contínua, transparente, clara, assertiva e de ampla escuta. É preciso ouvir e compreender seu time. Afinal, muitas boas ideias podem surgir a partir deste pequeno grupo. E é com ele que desejamos crescer, não é mesmo? Foi assim que muitas empresas se tornaram grandes.
Planeje, implante, monitore, persista, organize, crie, comunique, escute, produza, fature, valorize, incentive e cresça de maneira a levar essa equipe com você aonde quer que você vá. Assim, quando você chegar lá, poderá se tornar tão grande quanto deseja ser!
 Inovações por minuto.


Ser inovador não é tão difícil quanto você pensa: muitas vezes, basta parar para ouvir, ou tentar se colocar no lugar das pessoas que gostamos de chamar de “nossos consumidores”, para que as boas ideias apareçam. Para mim, é inevitável pensar nisso cada vez que reparo em um dos fenômenos de comportamento que tenho presenciado em São Paulo.
Todos os dias, ao caminhar pela avenida Paulista, me deparo com aquelas pessoas com camisetas coloridas (designando a ONG ou a empresa que representam) abordando os pedestres nas horas de pico para roubar “só dois minutinhos do seu tempo”. É fácil localizá-las entre as centenas de pedestres que andam em massa, apressados como cardumes de peixes coloridos, e se desviam automaticamente cada vez que um obstáculo aparece no caminho.
Será que estas pessoas, e as organizações para as quais elas trabalham, ainda não perceberam que os pedestres da Paulista não têm ‘dois minutinhos’ para lhes conceder? Até uma estrangeira como eu já reparou nesse pequeno detalhe. Se não são pais atrasados (e cansados), que têm que chegar em casa para atender seus filhos, são jovens igualmente atrasados (e cansados), a caminho de qualquer uma das múltiplas atividades que lotam suas complicadas agendas.
Antes mesmo de começar sua jornada, eles já começam a planejar como vão se esquivar desses desagradáveis obstáculos que ameaçam atrasar ainda mais sua já complicada rotina. A última coisa que esses indivíduos querem é parar para responder um questionário à moda antiga (com papel e caneta). Só mesmo o criador desses formulários não sabe o quanto esses ‘dois minutinhos’ podem fazer diferença nesse caos diário que vivemos como sobreviventes em uma grande cidade.

Bem, toda vez que deparo com esse fenômeno, lembro de uma experiência que vivi quando trabalhava em Sri Lanka. Na época, uma simples conversa com esse tal de consumidor me ajudou a criar uma ideia que foi considerada inovadora. E, na verdade, o papo nem foi com o consumidor, e sim com uma pessoa que tratava diariamente com ele.
Lá estava eu trabalhando como gerente de produto de uma empresa que produzia leite em pó para crianças, quando meu chefe me passou uma tarefa: eu teria que fazer uma promoção para dobrar as vendas do produto pelos próximos três meses. Alguma outra marca não estava indo bem, e eu fui designada parar arquitetar o resgate das vendas do trimestre. Glup.
Em primeiro lugar, eu já estava cansada de trabalhar com um produto que não conhecia bem. Além disso, o grande trunfo do leite em pó era um ‘ingrediente mágico’ que prometia incrementar o QI das crianças. Nem eu, que gerenciava a marca, acreditava naquela promessa, muito menos os pediatras que tentávamos convencer a nos dar um aval. Para piorar as coisas, naquela época eu não tinha nenhum interesse no universo infantil, então nem imaginava o que faria uma mãe comprar mais leite em pó.
Mas esse era meu ponto de partida: a mãe que compraria o nosso produto. E quem conheceria melhor essa mãe do que o pediatra, que já não queria mais me receber no seu consultório? Fiquei imaginando com era a rotina daquela mãe, e assim cheguei na minha solução: iria conversar com a professora do jardim de infância frequentado pelos pequenos pimpolhos para os quais meu produto estava direcionado.
Fiz uma lista de escolas para conhecer, mas só precisei de uma visita para achar a minha ideia inovadora. Perguntei para a professora o que as crianças gostavam de fazer. Ela respondeu: “Ah, elas gostam muito de brincar com esses finger puppets (dedoches) de papel que fazemos em aula e usamos para acompanhar as canções como Twinkle, Twinkle Little Star (conhecida no Brasil como Brilha, Brilha, Estrelinha).”
Missão cumprida. Não precisava visitar mais escolas, nem falar com mais ninguém (nesse ponto, discordo das pesquisas quantitativas: acredito que um depoimento pode valer mais que mil entrevistas). Sabia o que iríamos fazer – distribuir finger puppets como brindes junto com cada embalagem de leite em pó. O próximo passo foi achar um fornecedor que pudesse fazer os brinquedos. Tomamos ainda o cuidado de levar em conta o perfil das mães do Sri Lanka – como elas não sabiam o que eram os dedoches, criamos comerciais que mostravam como utilizá-los.
Em dois meses, os produtos da promoção estavam esgotados e o fornecedor (responsável por uma das muitas máquinas que fazem brinquedos de pelúcia para as grandes marcas internacionais) já tinha copiado a ideia e apresentado para seus clientes. A promoção, que deveria durar três meses, se estendeu por mais três. Como havia cinco tipos diferentes de brinquedos, as crianças queriam colecionar, o que aumentava ainda mais as vendas.
Bom, voltando para o fenômeno da avenida Palista. Será que esses seres bem intencionados que se posicionam ao longo da avenida não repararam que a única razão pela qual um pedestre interrompe seu passo apressado é para comer algo, ou então para ouvir um dos músicos que se apresentam na calçada, e que o ajudam a esquecer o estresse? Não sei dizer quantas vezes eu já me senti grata e quis dar um par de moedas a um desses artistas de rua, para compensar a mini explosão de felicidade que provocaram no meu tão cansado corpinho.
Na minha opinião, a solução para esses seres que querem pegar os nossos dados é tão simples quanto óbvia (e eu generosamente estou dando de graça): amarre a mensagem que você quer transmitir com o trabalho de um desses artistas de rua. Você estará fazendo duas coisas boas: ao mesmo tempo em que apoia o trabalho desse músico, oferece uma mini explosão de felicidade para todas essas pessoas (não consumidores!) que passam diariamente por ali. E, por favor, não interrompa a música – coloque o formulário de lado e coloque uma placa pedindo para as pessoas deixarem seu cartão ou os dados de que estão precisando.
 Você está sofrendo da sindrome de Burnout?


Quando resolvi escrever sobre esse assunto, fui procurar a tradução de burnout e descobri que não existe uma palavra equivalente em português. A definição mais próxima seria estafa ou esgotamento profissional. Mas, seja qual for a linguagem, as características e soluções são as mesmas.
A Mayo Clinic, especializada em doenças relacionadas ao trabalho aqui nos Estados Unidos, elaborou uma lista de questões que ajuda a diagnosticar se você está sofrendo da síndrome de burnout.
• Você está sendo cínico ou crítico demais no trabalho?
• Vai arrastado para o escritório e tem dificuldade de começar as atividades?
• Sente-se irritado ou fica impaciente com funcionários ou clientes?
• Não tem energia para ser produtivo de forma consistente?
• Não se sente satisfeito com as suas realizações?
• Sente-se desiludido com seu trabalho?
• Usa comida, drogas ou bebidas alcoólicas para se sentir melhor ou esquecer?
• Apresentou mudanças de apetite ou de sono recentemente?
• Sofre de inexplicáveis dores de cabeça, nas costas ou em outras partes do corpo?
• Você passou a encarar sua empresa como apenas mais um trabalho?
Se respondeu sim a uma ou mais dessas perguntas, você pode estar sofrendo da síndrome de burnout. Mas a mais importante de todas é a última delas. Infelizmente, não é difícil para o pequeno empresário perder a paixão e a energia iniciais. Pesquisas apontam que uma grande parte deles trabalha mais de 60 horas semanais – a longa jornada diária é um dos fatores que mais contribuem para o burnout. Outros aspectos da atividade que provocam a síndrome são:
Falta de controle
Quem abre um negócio próprio acredita que isso lhe dará total controle sobre sua vida profissional. Mas a realidade pode não ser bem assim. Gerenciar empregados, clientes, fornecedores e recursos para manter o negócio funcionando pode fazer com que você se sinta perdido.
Desorganização
Talvez você tenha começado seu negócio sozinho, sem nenhuma experiência ou treinamento sobre formação de equipes. O resultado pode ter sido uma equipe de trabalho desestruturada, difícil de gerenciar.
Incompatibilidade na função
É comum o pequeno empresário exercer várias atividades de que não gosta ou para as quais não tem as habilidades necessárias. Não cometa esse erro: o melhor é contratar funcionários adequados para cada tarefa.
Atividades extenuantes
O que talvez tenha sido empolgante no passado pode ter se tornado monótono. Ou então sua empresa pode estar passando por situações que criem um certo caos. Os dois casos geram exaustão.
Então o burnout é um caso perdido? De jeito nenhum! E o que fazer para se entusiasmar novamente, antes que seja tarde?
1.Faça uma análise estratégica do seu negócio e identifique os desafios e os obstáculos que estão contribuindo para o estresse. Para retomar o controle sobre a empresa, redefina metas, objetivos e táticas.
2.Encontre um mentor ou coach. A famosa frase “é muito solitário no topo” é uma grande verdade para o pequeno empresário. Não é uma boa ideia desabafar com sócios, funcionários, amigos ou família. E não é fácil se manter objetivo com relação a si próprio ou a sua empresa. Um coach executivo ou um mentor poderá lhe dar o apoio de que você necessita.
3.Divirta-se. Não é porque trabalha 60 horas por semana que você deve deixar de lado interesses pessoais, passeios com amigos e família, ou simplesmente momentos de descanso. Coloque essas atividades na sua agenda e dê prioridade a elas, como faz com as atividades profissionais. O sucesso do seu negócio pode depender de você ser inteligente o suficiente para passar algum tempo longe dele.
Sua reputação vale crédito.

Você já pensou que também tem uma reputação digital e que ela pode, um dia, afetar seu crédito em bancos? Ou que “headhunters” vão avaliar sua participação online como um dos requisitos para sua contratação? Quem já alugou uma casa pelo Airbnb, por exemplo, é avaliado pelo proprietário depois de sair do imóvel.
Tudo o que você faz hoje na internet pode ajudar ou prejudicar sua reputação. Isso tem um nome: “reputation economy”. O valor da reputação não é um conceito novo, mas agora há um elemento a mais: o “big data” – um número tão grande de informações que esses dados, capturados na web por diversos serviços digitais, podem ser cruzados e analisados.
No seu Facebook, por exemplo, você mostra do que gosta, comenta na linha do tempo dos amigos e todas essas informações são “coladas” em você. Todos deixamos um rastro de informações, e uma delas é se somos confiáveis ou não.
Tudo isso tem um potencial enorme para as empresas. Os bancos são um bom exemplo, uma vez que podem usar essas informações para avaliar se vão te dar crédito, por exemplo. Usando ações passadas, é possível saber qual é a probabilidade de alguém honrar um acordo no futuro, o que pode ser particularmente útil para a indústria de serviços financeiros. “A reputação permite trazer mais um pouco da história de quem você é, não importa se é no digital ou no mundo real”, diz Brian Chesky, cofundador e CEO do Airbnb.
Alguns exemplos de quais de suas atividades são analisadas: dá para medir a conectividade social por meio de seus amigos no Facebook, saber quem são as pessoas conectadas em seu LinkedIn e qual é sua pontuação no Klout. Nossa reputação digital será nosso cartão de visitas tanto no mundo online como fora dele.
 Momento de decisão.

Por mais racionais que as pessoas tentem ser, tomar uma decisão é sempre complicado, especialmente quando esta envolve algum tipo de julgamento. Um dos riscos que o empreendedor corre é o de agir com base apenas nas ideias e opiniões de seus colaboradores.
Hoje mesmo, um amigo meu me contava que, quando quer ouvir uma determinada resposta de alguém, ele utiliza alguns artifícios para conduzir essa pessoa à decisão pretendida. Fiquei impressionada. Eu me considero uma pessoa persuasiva, mas não a ponto de fazer com que as pessoas falem o que eu quero ouvir.
Quando ele me explicou sua técnica, percebi que eu mesma posso já ter feito isso sem perceber. Todos nós, inconscientemente, costumamos fazer um julgamento a respeito de pessoas ou situações e compartilhá-lo com nossos amigos e familiares. Como resultado, eles ficam contaminados com a nossa opinião e começam a considerá-la um ponto de referência para a construção das suas visões. Por exemplo: se eu estou carregando um pacote e falo “Nossa, como está pesado”, quando passar para outra pessoa, ela já pegará o pacote com a sensação do peso e, provavelmente, terá a mesma opinião.
Na maioria das vezes, é um processo inconsciente – tanto para quem emite a primeira opinião quanto para quem acaba concordando com ela. É natural que as pessoas busquem âncoras e parâmetros para a tomada de decisões. Uma pesquisa holandesa publicada recentemente na revista Psychological Science mostra como nossos palpites e percepções podem ser afetados até mesmo pela inclinação do nosso corpo. Imagine o efeito da opinião de outra pessoa.
Nós, empreendedores, precisamos estar especialmente atentos ao tipo de influência que recebemos sem perceber. Todos os dias, são inúmeras as decisões que precisamos tomar – das mais triviais às mais complexas. Como não podemos estar presentes em todas as situações, precisamos ouvir a nossa equipe e colher suas opiniões. Mesmo que nossos colaboradores procurem ser imparciais, nós seremos influenciados pelas suas ideias. O importante é reconhecer essa influência e utilizar critérios racionais para tomar a decisão.
Uma boa estratégia é começar a treinar com decisões mais fáceis: pense em um determinado tema e forme sua própria opinião, sem levar em consideração o que os outros pensam. Que tal começar relativizando a minha opinião expressa nesse post? Espero que eu não tenha contaminado as ideias de vocês.
Use networking para realizar bons negócios.

Se existe uma coisa que nós mulheres sabemos fazer muito bem é falar. Mais do que falar, sabemos nos comunicar: com essa ferramenta tão poderosa, tenho visto muitas mulheres fazerem do networking um caminho para o sucesso de seus empreendimentos.
Por conta do meu blog Empreendedorismo Rosa, tenho participado de muitos eventos, alguns voltados às mulheres, outros não. Para minha alegria, vejo cada vez mais mulheres presentes e “sacando” seus cartões de visitas das bolsas, como que dizendo: “Estou aqui para divulgar meu empreendimento e conhecer o seu. Vamos conversar?”.
O termo networking poderia ser desdobrado em “net” (rede) e “working”(trabalhando). A ideia é de que todos deveriam buscar ter novos relacionamentos no âmbito do trabalho e fazer disso algo realmente positivo para o seu empreendimento.
Se você deseja ser apresentada a alguém, não basta pedir para um contato em comum fazer a intermediação: é necessário explicar por que deseja essa conexão. Também é fundamental agir com reciprocidade, atuando como uma ponte de relações de negócios. Dessa maneira, estará realizando a ideia principal da rede de relacionamentos.
Provida com esses novos contatos, não se esqueça de se autopromover, sem ser inconveniente, mas com o objetivo claro e definido de mostrar sua marca ou seu empreendimento a um possível cliente ou fornecedor. Homens são excelentes em autopromoção, fazem isso o tempo todo. As mulheres tendem a fazer o contrário: muitas vezes diminuem o seu valor e mostram dúvidas sobre a sua capacidade. Em vez disso, deveriam mostrar o quanto o seu negócio pode ser interessante e quais são as suas competências para uma possível parceria ou ação conjunta.
No livro A arte da guerra para mulheres, Chin-Ning Chu diz: “Intuitivamente, as mulheres sempre utilizaram algumas das estratégias da arte chinesa da guerra ao negociar com maridos, namorados, filhos, patrões, amigos e clientes. Nós não sabíamos que éramos estrategistas disfarçadas”.
Na hora de fazer networking, temos que ser estratégicas. Não adianta apenas tirar o cartão de sua empresa da bolsa e sair distribuindo. Lembre-se de que a lista de contatos deve ser interessante e ativa, pois o networking é uma relação “ganha-ganha”. Com ele, tenho ganhado não só parceiros profissionais, como também grandes amigos.
E você? Já entregou seu cartão de visitas a alguém hoje?
Abreijos de bom networking!