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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Criança deveria brincar de ser criança. O tempo é implacável passa rápido e nunca mais seremos crianças de novo.


Foi-se o tempo em que as dicas de segurança para os filhos eram para não aceitar doces ou caronas de estranhos
Das 8,6 bilhões de páginas na internet acessadas pelos usuários da rede no Brasil no último mês de maio, 1,6 bilhão foi resultado dos cliques no mouse de internautas entre seis e 14 anos de idade, segundo a empresa de consultoria comScore. Os números de uma recente pesquisa da comScore também revelam que as crianças e adolescentes representam 12% da população online no Brasil.
De acordo com o site Internet Responsável (www.internetresponsavel.com.br), jovens de 12 a 17 anos ficam em média 70 horas online por mês, o equivalente a 140 minutos por dia. Mas o que esse público precoce tem feito de suas horas à frente do computador, conectado com outros usuários da grande rede? É a resposta a essa pergunta que pode se tornar motivo de preocupação dos pais e responsáveis por esses menores, que, ao se conectarem à rede, podem estar em situação vulnerável mesmo sem sair de casa.
Seis em cada dez crianças já tiveram alguma experiência negativa na internet, segundo dados do relatório Norton Online Family. De acordo com o estudo, que entrevistou 2,8 mil crianças com idades de 8 a 17 anos, em 14 países, 25% já viram imagens violentas ou de nudez na internet e 10% já foram convidadas, via rede, a encontros com desconhecidos.
Mistura perigosa
O mix tecnológico entre celulares, filmadoras, câmeras digitais, computadores e redes sociais, com o qual crianças e adolescentes estão cada vez mais familiarizados, pode se tornar perigoso se usado sem um acompanhamento dos pais. Um recente episódio em que um casal de adolescentes gaúchos se exibia em cenas de sexo numa sessão de Twitcam (serviço que transmite vídeo de uma webcam em tempo real, com divulgação através do Twitter) para cerca de 22 mil outros usuários mostra a proporção dos riscos a que estão sujeitos os menores.
De potenciais vítimas, muitos jovens podem passar até a ser coadjuvante de um crime, sem saber, ao também repassar e divulgar material inadequado. Um estudo do Pew Internet & American Life Project nos EUA descobriu que 15% dos adolescentes admitem ter recebido pelo celular uma imagem erótica de algum conhecido. E 4% deles admitem já ter enviado alguma mensagem desse tipo.
Para orientar jovens, pais e professores a lidar com os riscos do mundo virtual, o Comitê para a Democratização da Informática (CDI) lançou na semana passada uma cartilha com dicas de uso seguro da internet. O “Guia para o Uso Responsável da Internet” está disponível no site www.internetresponsavel.com.br, que também traz um material de apoio, dividido em páginas voltadas exclusivamente para crianças, professores e pais.
Segundo o site, 66% dos pais monitoram a vida de seus filhos na internet. Antes de tudo, vale sempre uma boa conversa e um acompanhamento com os filhos numa relação confiança. Mas, além das dicas oferecidas pelo site, os pais podem contar com recursos da tecnologia para proteger seus filhos. O próprio sistema operacional Windows vem com o recurso Parental Control, que permite o controle e monitoramento do uso do computador.
Através do Parental Control, os pais – com o perfil de usuário administrador do PC – podem definir restrições de uso, como por exemplo os horários em que o computador pode ser usado, os programas que podem ser executados e os sites que não podem ser visitados. Páginas com conteúdos de pornografia, drogas, fabricação de bombas, apostas, fumo, entre outras palavras-chave, podem ser banidas da navegação.
Se tiverem interesse em contar com uma ferramenta mais completa para esse tipo de controle, os pais podem recorrer a produtos de empresas renomadas como a McAfee e a Symantec. A primeira oferece o McAfee Family Protection, que consegue filtrar até os vídeos censuráveis do YouTube. Mesmo estando longe de casa, em viagem ou no trabalho, os pais ficam a par da atividade online dos filhos. Se os jovens publicam informações pessoais em sites de relacionamento ou tentam acessar sites inapropriados, os pais são avisados instantaneamente por e-mail ou mensagem de texto via celular. A versão do programa para uso em três PCs custa R$ 139,90.
Já a solução da Symantec é o Norton Online Family. O programa é controlado remotamente, através do site do Norton, e de lá o administrador tem acesso a relatórios sobre o uso que cada pessoa da família faz do computador. Os pais interessados podem se inscrever para utilizar gratuitamente o serviço no site onlinefamily.notlong.com .
Dicas
Evite a exposição exagerada com a divulgação de fotos e vídeos de seus filhos na internet
Oriente as crianças a conversar com seus pais ou algum adulto caso receba ameaças, provocações ou algum conteúdo inconveniente
Não responda a ameaças ou provocações na internet. Isso pode fazer com que a pessoa queira revidar e dar início ao “cyberbullying” (uso da internet para ofender alguém de forma constante)
Não informe dados pessoais (nome completo, endereço, nome dos filhos, nome da escola, telefone) em páginas da internet que são públicas
Defina com seus filhos regras para o uso da webcam. Este dispositivo é o olho de pessoas estranhas voltado para dentro de sua casa
Não repasse e-mails com quaisquer materiais que ridicularizem amigos ou mesmo pessoas desconhecidas

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